domingo, 26 de fevereiro de 2012

Chuva Serôdia Claramente Demonstrada à Luz do Santuário

O Tempo Definido da Chuva Serôdia Claramente Demonstrada à Luz do Santuário

            Diante da magnitude da vasta e gloriosa obra que deve ser rematada com a anunciação do evangelho eterno a toda nação, e tribo, e língua, e povo, sentimos a nossa inteira falta de idoneidade para o desempenho dessa missão, quando olharmos para as nossas forças, nossos minguados recursos e nosso limitado numero de cristãos. A tríplice mensagem angélica, de Apocalipse 14, necessita para ser levada a bom termo e ao triunfo final, de um poder sobrenatural. Todo o poder prometido, mesmo o poder do Espírito Santo com o de toda suas hostes, se faz mister, afim de advertir  eficazmente um mundo tombado no pecado da vinda de Jesus, e reunir aqueles que guardam os mandamentos de Deus, e tem a fé de Jesus. Essa plenitude do Espírito Santo, prometido ao povo de Deus, o Profeta designa em linguagem figurada como a “chuva serôdia” (Oséias 6:3; Joel 2:23). Como entender isto? Qual a relação espiritual entre o povo de Deus, o Espírito Santo, e os tempos chuvosos na palestina?
            Para responder esta pergunta, é preciso levar em conta as condições climáticas da terra de Israel durante os períodos de chuva na Palestina. Há dois períodos anuais de chuva: A primeira chuva “temporã,” cai no outono, durante os meses de setembro e outubro; e a última chuva, “serôdia”, cai na primavera, durante os meses de março e abril. A primeira chuva prepara o solo para o plantio, sem ela, a semente não germina, por isso, essa chuva era necessária para fazer brotar a semente. A última chuva era necessária para fazer com que a plantação amadurecesse para a colheita. Simbolicamente a chuva temporã significa o derramamento do Espírito Santo, que aconteceu no inicio da igreja primitiva (Atos 2:01-17). (Hellen G. White., Atos dos Apóstolos. Páginas. 54 e 55. 10ª edição. 2006, CPB. Tatuí – SP ). Essa manifestação do Espírito Santo veio para germinar a semente do evangelho que estava sendo semeada. A chuva serôdia representa o derramamento do Espírito Santo, que se manifestará nos últimos dias deste mundo, e irá preparar a terra para a colheita, que Cristo realizará na sua segunda vinda. (Ellen G. White., Eventos Finais. Páginas. 160 e 161. 10ª edição. 2003. CPB. Tatuí- SP ). A chuva serôdia será um dos maiores acontecimento da historia da igreja, tem dois propósitos principais:
(a) Fortalecer o povo de Deus para enfrentar o tempo de angustia e estar em pé durante as sete pragas.
(b) Capacitar o povo de Deus para dar o ultimo alerta a este mundo caído (terminar a obra da pregação).
A chuva temporã precisa ser experimentada hoje (Ellen G. White., Testemunhos Para Ministros E Obreiros Evangélicos. Páginas. 506 -509. 2ª edição. 1979. CPB. Santo André – SP ), para que estejam os em condições de receber a chuva serôdia.


Como podemos ver, o simbolismo é aqui empregado; sendo emprestado das lides agrícolas, ao tempo em que a Palestina estava sob as bênçãos de Deus. Isto nos mostra que muitos escritores das páginas sagradas, utilizam estações chuvosas, como metáfora para falar de futuras visitações de Deus. O que nós hoje, chamamos de “avivamento espiritual”. Em nossos dias, é comum as pessoas afirmarem com convicção, o segundo advento de Cristo. Todavia, o que a maioria não sabe, é que antes deste maravilhoso acontecimento, precisamos recebê-lo em espírito (Oseías 6:3). A sua vinda sobre nós, a “chuva serôdia”, será a nossa justiça (Oseías 10:12 ú.p), aí sim, estaremos limpos e purificados (Isaias 1:18; Ezequiel. 36:25-27; Isaias 53:10 - 12; I João 2:1,2,12; Apocalipse. 1:5). Somente então podemos dizer: “Certamente este é o nosso Deus; Nele confiamos, e Ele nos salvou. Este é o Senhor Nele confiamos; na sua salvação exultemos e nos alegremos.” (Isaias 25:9).
            É recebendo o Espírito Santo em toda a sua plenitude, é que estaremos preparados para o segundo advento D’aquele a quem ansiosamente esperamos, é que poderemos com razão sermos adventistas do sétimo dia. Por que estaremos de fato preparados para sua vinda em nosso tempo. Aqueles que desejam reformar-se e verem com isto a reforma na igreja devem primeiramente ser ungidos com o Espírito Santo de Deus, “a chuva serôdia”. Mas para isto acontecer, é preciso que o povo do Senhor; demonstre interesse e faça petições ao Senhor da seara, para que Ele derrame aquele suprimento de graça, tão importante para a igreja. Isto é importante para o desenvolvimento do caráter cristão, todavia; há um tempo designado por Deus, para o derramamento da chuva serôdia. Tempo este, que cabe aos fiéis remanescentes descobri-lo. Sobre isto disse a Sra. White: “Ao avizinhar-se o fim da ceifa da terra, uma especial concessão de graça especial é prometida a fim de preparar a igreja para a vinda do filho do homem. Esse derramamento do Espírito é comparado com a queda da chuva serôdia; e é por este poder adicional que os cristãos deve fazer as suas petições ao Senhor da seara no tempo da chuva serôdia” (Ellen G. White., Atos Dos Apóstolos. Página. 55. 10ª edição. 2006. Tatuí - SP).
Esta declaração é relevante, por que mostra com grande clareza aos crentes em Cristo, que existe mesmo um tempo definido para recebermos a unção da chuva serôdia. Isto não poderia ser diferente, visto que os apóstolos tiveram um tempo definido para obtenção da chuva temporã e durante esse tempo, eles procuraram preencher todos os requisitos e condições, ficando na expectativa durante um espaço de dez dias (Lucas 24:49; Atos 1:18), desde o dia da ascensão de Cristo até o dia de Pentecostes.
           

“Em obediência à palavra de seu mestre, os discípulos reuniram-se em Jerusalém para esperar o cumprimento da promessa de Deus. Aí passaram dez dias, dias de profundo exame de coração. Puseram de lado todas as divergências, e uniram-se estreitamente em comunhão cristã. Ao fim dos dez dias cumpriu o Senhor sua promessa por meio de um maravilhoso derramamento de seu Espírito”. (Ellen G. White., Testemunhos Seletos, Volume III. Página. 206. 5ª edição. 2009. CPB. Tatuí-SP).
            Uma importante profecia da Sra. White, a qual nos trás até o nosso tempo atual, mostrando-nos, posto que de um modo indefinido, qual reza esse tempo da chuva serôdia. Em Primeiros Escritos, pagina 35, ela diz o seguinte: “E ao início do tempo de angustia fomos cheios do Espírito Santo”. No mesmo livro, nas páginas. 85 e 86, ela explica o que foi dito acima.
            “O início do tempo de angústia ali mencionado, não se refere ao tempo em que as pragas começarão a ser derramadas, mas a um breve período, pouco antes, enquanto Cristo está no santuário, nesse tempo, enquanto a obra da salvação está se encerrando, tribulações virão sobre a terra e as nações ficam iradas, embora contidos para não impedir a obra do terceiro anjo; nesse tempo a “chuva serôdia” ou o refrigério pela presença do Senhor virá, para dar poder à grande voz do terceiro anjo e preparar os santos para estarem de pé no período em que as sete últimas pragas serão derramadas.” Veja que, a linguagem profética de Ellen White, apenas nos aproxima do tempo da chuva serôdia. Ela não consegue se não defini-lo de um modo geral, sem precisar o tempo exato dentro do qual essa chuva terá lugar a descer. Ela simplesmente diz: “um breve período” um estudo acurado e consciencioso do santuário e seu culto, desbravará o caminho para a descoberta deste tempo importante, vede com que palavras impressivas a senhora White insta com o povo de Deus para que estude tão relevante assunto:
“O assunto do santuário do juízo de investigação, deve ser claramente compreendido pelo povo de Deus. Todos necessitam para si mesmos de conhecimento sobre a posição e obra de Seu grande e sumo sacerdote. Aliás, ser-lhe-á impossível exercerem a fé que é essencial neste tempo... O santuário no céu é o próprio centro da obra de Cristo em favor dos homens... É da máxima importância que todos investiguem acuradamente estes assuntos” (Ellen G. White., O Grande Conflito. Páginas. 491 e 492. 26ª edição. 1981. CPB. Santo André - SP.). “O grande plano da redenção conforme revelado na obra final para estes últimos dias deve ser cuidadosamente estudado. As cenas relacionadas com o santuário celestial devem de tal modo impressionar o espírito e o coração de todos, que estes sejam capazes de impressionar também os outros. Todos precisam compreender melhor a obra da expiação que está sendo efetuada no santuário no céu.

Quando essa importante verdade for reconhecida e compreendida, os que a abraçaram trabalharão de acordo com Cristo, a fim de preparar um povo que esteja em pé no grande dia de Deus e seus esforços serão bem sucedidos” (Ellen G. White., Testemunhos Seletos. Volume II. Páginas. 219 e 220. 5ª edição. 1985. CPB. Santo André - SP). Prossigamos agora o nosso exame da palavra de Deus, a fim de descobrir a revelação do tempo exato da vinda da chuva serôdia. Quando eu digo: “Tempo Exato”, não estou dizendo e nem afirmando que o Espírito Santo será derramado sobre os remanescentes, em um determinado ano estabelecido por mim. Isto seria um absurdo, uma presunção sem limite. Mas estou dizendo que o dia e o mês de um ano qualquer, pode ser estabelecidos com precisão para o derramamento da chuva serôdia. Todavia, isto só é possível se tivermos em mãos um calendário Judaico e um período de tempo concedido a nós pelo Senhor. Graças a Deus, isto nos foi confiado. Consideremos um pouco, a passagem em Sofonias 2:1-2. Por este texto, claramente se percebe que a chuva serôdia terá lugar antes de sair o decreto. Mas que decreto é este? Logicamente aquele que sentenciará o povo de Deus ao terminar Cristo Sua obra de intercessão e julgamento no santuário celestial (Apocalipse 22:11).
Isso quer dizer que existe um dia marcado para o juízo investigativo, senão, veja Apocalipse 14:7.
Do original grego se traduz: “Temei o Deus e dái-lhe glória porque veio a hora do julgamento Dele...” No grego, a palavra julgamento escreve-se assim: Кρίσίς = Кrisis. Denota primariamente: “separação”, portanto, “decisão, julgamento, juízo”. “O processo de investigação, o ato de distinguir e separar”, por conseguinte, “o ato de julgar, o transcurso de julgamento sobre uma pessoa ou coisa”. Na mesma frase, é apropriado sabermos também o significado literal do vocábulo ‘hora’. A palavra “hora” vem do grego, ώρα = Hora. É um substantivo nominativo, feminino e singular. No novo testamento, pode significar períodos de tempos diferentes, dependendo do contexto bíblico, os quais estes tempos, estiverem ali presente. Assim, aquela palavra grega pode denotar: “parte do dia”. Mateus 8:13; Atos 10:3,9. “Um período mais ou menos extenso” I João 2:18, “um ponto do tempo quando determinada  ação deve começar”.  Apocalipse 14:15. E por último, “um ponto definido no tempo, fixo por natureza.” É claro que o vocábulo “hora” de Apocalipse 14:7, não está se referindo a um período de tempo mais ou menos longo, mais sim uma hora literal, a primeira hora do dia em que o juízo de investigação teve o seu inicio. A expressão do referido texto, revela a primeira hora do respectivo dia que tem, pois, aplicação ao começo do julgamento, e não a um período de tempo indefinido. Esta conclusão, pode ser claramente compreendida lendo o texto em Atos 17:30-31. O varão a quem Deus destinou para julgar a casa de Israel é Cristo. Quantos dias da totalidade dos dias do ano foram designados para este propósito?

Respondo! Um só.
Um dia apenas. Esse dia do juízo, é sem dúvida, o dia do juízo de investigação, o qual também é aludido por Pedro em sua primeira carta, capítulo 4, verso 17. Este texto também nos mostra que existe um tempo marcado para o juízo divino. Para demonstrar isto, convido o leitor para uma análise de duas palavras gregas importantes nesta tese. Isto nos dará segurança e firmeza na exegese aqui aplicada. Está escrito: “Porque chegou [o’] Кαίρός para começar τό Кρίμα pela casa de Deus...”
No grego, Кρίμα = Krima. É substantivo, acusativo, neutro e singular. Denota: “A sentença pronunciada, o “veredicto”, a “condenação”, a “decisão resultante de uma investigação”. Pode significar também, “O processo de julgamento que conduz a uma decisão”, onde se podia esperar: Krisis. Quanto à palavra grega, Кαίρός = Kairos. É um substantivo, nominativo, masculino e singular. Denota: “medida de vida, proporção devida”. Quando usado acerca de ‘tempo’, tem significado permanente, ou seja: “um período fixo ou definido”. Quando colocamos as palavras: Кρίσίς, ώρα, Кαίρός e Кρίμα,  próxima uma das outras, percebemos que ambos os vocábulos, nos levam ao juízo investigativo. O dia 10 do sétimo mês. Conforme as escrituras, um dia literal de 24 horas, um tempo fixo e definido pela palavra de Deus. O médico Lucas, falando deste dia literal e fixo de 24 horas, escreveu: Por que Ele fixou um dia no qual julgará o mundo com justiça... Atos 17:31”. Outra passagem idêntica, mas com maior ênfase ao juízo investigativo, encontra-se em Zacarias, escrito da seguinte forma: “Pois eis aqui a pedra que pus diante de Josué; sobre esta pedra única estão sete olhos.Eis que eu esculpirei a sua escultura, diz o Senhor dos exércitos, e tirarei a iniqüidade desta terra num só dia.” (Zacarias 3:9). É lógico entendermos que o sentido original do texto é eliminar ou expiar os pecados dos fiéis remanescentes no dia do juízo (Salmos 32:1; 103:1-4; Isaias 40:2; 53:6,10 e 11; Hebreus 10:17; 8:12; I Coríntios 8:12), e não da própria terra em si mesma. É fora de dúvida que o texto de Zacarias 3:9, último parte, está se referindo à obra final de Cristo como nosso sumo sacerdote no santuário celestial, que é remoção dos pecados, por que, julgado o caso de cada um dos fiéis, nesse dia determinado, Ele procederá à última parte de sua obra que é remover os seus pecados, ou seja, Cristo expiará com seu sangue os pecados de seu povo que está sobre a terra de uma só vez em um só dia. Sabendo que existe um dia definido para o início do juízo e para o derramamento da chuva serôdia, a pergunta é: Quando será isto? Como é chamado este dia? Será que a resposta para esta pergunta encontra-se em Daniel 8:14? Observe que a última parte deste texto diz: “... E o santuário será purificado.” No hebraico, as palavras Tsãdaq e Tãher, são semelhantes; tanto que em Jó 4:17, ambos os vocábulos, são encontrados em construções paralelas. Quanto ao significado das palavras, não existe diferença.

Assim, Tsãdaq significa: “justificar-se, ser justo, estar no direito, ser justificado, fazer justiça”. Logo, o significado básico Tsãdaq é: “ser justo, purificar”. Tãher significa: “limpar, purificar”.
Em inúmeros textos, palavras com radical “tsdq” aparecem paralelas a palavras que claramente significam: “Puro”. Além disso, na septuaginta - A primeira tradução grega da bíblia hebraica - a mesma palavra usada para “purificado,” em grego, escreve-se: Кαθαρίζω = Katharizõ, que significa: “fazer limpo, limpar”, acerca de:
a) manchas e sujeiras físicas, como no caso de utensílios.
b) em sentido moral, da corrupção do pecado (Atos 15:9; II Cor. 7:1; Heb. 9:14). limpo da culpa do pecado (Efésios 5:26; I João 7:19; Atos 10:15; 11:9).Em Daniel 8:14, a palavra Кαθαρίζω foi usada para “purificado” na tradução de Levítico 16! Fica claro que os tradutores da septuaginta perceberam um elo entre Tãher e Tsãdaq, a mesma palavra grega é usada em Hebreus 9:23. A concordância bíblica de Strong declara que um dos significados de Tsãdaq é: “purificar”. No contexto de Daniel 8, “Será purificado” é a melhor tradução de Tsãdaq, que tem fortes laços com Tãher em Levíticos 16. Ainda que esclarecidos a cerca dos significados das palavras: Tsãdaq, tãher e Katharizõ, o texto de Daniel 8:14, não dar o nome da  solenidade ocorrida ali; contudo, um estudo dos capítulos 8 e 9 do livro de Daniel, combinados com Esdras 7:7-25, revela-nos que o grande período profético, iniciou-se no 7º ano do rei Artaxerxes. Este decreto (29 de outubro de 457 a.C), foi o responsável pela reedificação de Jerusalém. Contudo, foi em 22 de outubro de 1844 d.C, que se iniciou o grande dia do juízo investigativo, dando inicio, a segunda e última parte do trabalho de Cristo, no santíssimo lugar do santuário celestial. Todavia, é na lei de Moisés que nos é revelado o nome desse dia, daí; o texto, de Malaquias 4:4, combinado com Levítico 23:26-31, deverá ser lembrado de um modo especial, como vigorando ainda nos últimos dias, quando o povo de Deus estivesse aguardando o grande e terrível dia do Senhor. Considerando Levítico 16:29 e 30, vemos que o dia do julgamento é o dia da expiação, que a cada ano acontece no dia 10 do sétimo mês. Qual será então o nosso dever ao tempo que o nosso intercessor houver de realizar tudo isto por nós? Olhando para o exemplo do Israel típico nessa ocasião, esse dever saltará claramente aos olhos do observador. Eles guardavam esse dia em grande solenidade e nós devemos fazer o mesmo. É verdade que a morte de Cristo constitui a base do comprimento da lei toda, mas isso não significa que a lei, como um todo, fosse abolida e que ela deixou de vigorar em virtude dessa morte, porque Ele não veio ab-rogar mas cumprir a lei, pessoalmente e por meio de Seu povo (Mateus 5:17e18; João 10:35), tornando a trazer estes a obediência. Compreendemos, pois, pelas referencias de Colocensses 2:14; Efésios 2:15e16; e outras passagens, que a parte da que se referia a Cristo como um sacrifício e tudo o que se referia a sua morte na cruz, foi a abolido e posto de parte, por estar demonstrado que estas coisas atingiram ali o seu cumprimento.
Não se dá o mesmo com a parte que se refere a Ele como nosso sumo  sacerdote, juiz e seu serviço, devendo esta a vigorar até o próprio dia em que no céu e na terra ela se cumprir, porque Jesus Cristo não cessou ainda dessas funções, mas deverá cessar num futuro próximo, no próprio dia ao qual diz respeito esse serviço. Ilustremos:
a)   A lei da páscoa vigorou até que Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós, no próprio dia da páscoa. Neste dia a lei da páscoa cessou definitivamente de vigorar.
b)  O dia das primícias, três dias após a páscoa, e que aludia a Cristo, e uma parte de seus remidos, como as primícias ressuscitadas dentre os mortos, cessou de vigorar no mesmo dia da ressurreição de Cristo.
c)   O mesmo se deu com a lei de pentecostes, no dia em que o Espírito Santo desceu sobre os discípulos.
Quando o tipo atingiu seu cumprimento no antítipo, as obrigações referentes ao dia respectivo cessaram no mesmo dia. Vemos dos exemplos citados que o que diz respeito a um determinado dia, cumpriu-se nesse mesmo dia. Em parte alguma concorre dois acontecimentos distintos tendo sua realização num dia só, mas cada acontecimento no seu próprio dia secundar. Esta regra divina não pode ser mudada ou abolida. Quando na sombra, está indicado um dia de 24 horas, esse dia significa invariavelmente um dia de 24 horas também na substância ou na realidade. Isto deve ser percebido e entendido, porque o serviço que o sumo sacerdote fazia no santuário terrestre, sob o velho concerto, na nova dispensação, este mesmo trabalho, foi de fato transferido para o santuário celestial. (Ellen G. White,O Desejado De Todas As Nações. Páginas. 166 e 757. 22ª edição. 2007, CPB. Tatuí-SP)
Sendo isto uma verdade, o dia 10 do sétimo mês a expiação,” deve ser observada solenemente pelo povo de Deus com jejuns e orações, como outrora era solicitado por Iahweh, ao Israel típico:
“Tal era o serviço efetuado como exemplar e sombras das coisas celestiais. E o que se fazia tipicamente no ministério do santuário terrestre é feito na realidade no ministério do santuário celestial”. (Ellen G. White, o Grande Conflito. Páginas. 419 e 420. 26ª edição. 1981. CPB, Santo André-SP). Observe que no antigo Israel, no dia da expiação, o povo era convidado a apresentar-se perante o Senhor a fim de serem limpos de seus pecados (Levíticos 16:29-31; 23:26-31). Portanto, todos os pecados confessados e somente estes, se acham no próprio santuário. Ao chegar o dia da expiação só os pecados confessados se passam em revista perante Deus, e só os pecados que, pelo arrependimento e a confissão já foram perdoados e tiveram seus pecados transferidos para o santuário, recebem a expiação, o apagar dos pecados: “Como no serviço típico havia uma expiação ao fim do ano, semelhantemente, antes que se complete a obra de Cristo para a redenção do homem, há também uma expiação para tirar o pecado do santuário. Este é o serviço iniciado quando terminaram os 2300 dias... Como antigamente eram os pecados do povo colocados, pela fé, sobre a oferta pelo pecado, e mediante o sangue desta, transferido simbolicamente para o santuário terrestre, assim em o novo concerto, os pecados dos que se arrependem são, pela fé, colocados sobre Cristo e transferidos, de fato, para o santuário celeste. E como a purificação típica do santuário terrestre se efetuava mediante a remoção dos pecados pelos quais se poluíra, igualmente a purificação real do santuário celeste deve efetuar-se pela remoção, ou apagamento, dos pecados que ali estão registrado,” (Ellen G. White, O Grande Conflito. Páginas. 419, 420 e 421. 26ª edição. 1981. CPB, Santo André-SP). Foi no dia 22 de outubro de 1844 d.C, que o Senhor Jesus, adentrando no segundo compartimento do santuário celestial, deu início ao grande dia da expiação, que no calendário bíblico de Iahweh, ocorre sempre no 10º dia do sétimo mês. Dia em que o sumo sacerdote, tendo feito expiação por todo o Israel, e assim removido seus pecados do santuário, saía e abençoava o povo. De igual maneira, devemos nós hoje, nos colocarmos diante do Senhor, no dia da expiação e suplicarmos as suas bênçãos e apagamento de nossos pecados. Porém,  devemos  ter cons- ciência, de que somente os pecados confessados e abandonados pelo povo de Deus, serão considerados pelo Senhor, e apagados dos livros de registros.
Quanto a isto ser uma incontestável verdade, veja a citação do professor Clifford, editor da revista liberty (EUA), e   o  autor de “O Dia do Dragão”: “Os únicos elementos que, além da cruz, Deus usará para fazer sua multiforme sabedoria conhecida pelos principados e potestades nos lugares celestiais, são: ‘O juízo, que é o dia da expiação, e um povo que obedece à Sua lei e dá frutos’.
No dia da expiação, esses dois elementos estão presentes! Se uma pessoa, através de seus muitos frutos, glorifica a Deus, imagine! Um acampamento inteiro. O dia da expiação era realmente o clímax – Um tipo anual daquilo que Deus quer fazer na realidade: Um santuário no céu, purificado de todo pecado, e um povo na terra, purificado de todo o pecado. Tudo isso diante do universo inteiro!” (Clifford Goldstein,1844 Uma Explicação Simples Das Principais Profecias De Daniel. Página. 107. 6ª edição. 2006. CPB, Tatuí-SP). Em seus escritos, inspirados por Iahweh, a senhora White destaca de forma especial a realidade antítipica da expiação, em nossos dias, expressando-se da seguinte maneira:
“No tempo indicado para o juízo final dos 2300 dias em 1844 iniciou-se a obra de investigação e apagamentos dos pecados... Portanto, vivemos hoje no grande dia da expiação. No cerimonial típico, enquanto o sumo sacerdote fazia expiação por Israel, exigia-se de todos que afligissem a alma pelo arrependimento do pecado e pela humilhação, perante o Senhor para não acontecesse serem extirpados dentre o povo. De igual modo, todos quantos desejem seja seus nomes conservados no livro da vida devem agora, nos poucos dias de graça que restam afligir a alma diante de Deus, em tristeza pelo pecado e arrependimento verdadeiro. Deve haver um exame de coração profundo e fiel... Observe que no cerimonial típico, somente os que tinham vindo perante o Senhor com confissão e arrependimento, e cujos pecados, por meio do sangue da oferta para o pecado, eram transferidos para o santuário, é que tinham parte na cerimonial do dia da expiação. Assim no grande dia da expiação final e do juízo de investigação, os únicos casos a serem considerados são os do povo professo de Deus. O julgamento dos ímpios constitui obra distinta e separada, e ocorrem em ocasião posterior.” (Ellen G. White, O Grande Conflito. Páginas. 489, 493 e 484. 26ª edição. 1981. CPB, Santo Andre-SP). Quando a senhora White diz que estamos vivendo no grande dia da expiação, ela simplesmente queria dizer que estamos no tempo ou período antitípico ao qual se referia o dia da expiação, durante o período de 1500 anos do ministério da primeira dispensação e nada mais.
O dia 10 do sétimo mês do ano 5605 da criação caiu no dia 22/23 de outubro de 1844, data a partir da qual, Jesus deu início o juízo investigativo. Todavia, não podemos ensinar que a expiação, deva continuar indefinidamente, desde 1844 até o fim da graça. O espírito de profecia não admite tal compreensão, e a palavra de Iahweh jamais ensinou tal coisa. É sabido entre nós que a lei de tipo e antítipo opõe-se formalmente a essa idéia. Em profecia, não temos um exemplo que nos ajude a compreender que um dia pode significar um tempo indefinido em relação com a lei. O problema de não se entender que a expiação é um dia de 24 horas literal, e, portanto em vigor, até que Cristo conclua a expiação (Lucas 24:44; Efésios 10:10), surge de se imaginar que o dia 10 do sétimo mês, era no antigo Israel, um tipo do período da dispensação antitípica atual, que decorre de 1844 até o fim do tempo da prova.

É fácil ver que esta aplicação no quadro profético do juízo divino, não coaduna com a verdade, porque o sumo sacerdote só entrava uma vez por ano, no santíssimo lugar (Levítico 16:2 e 34), num único dia, que é o dia da expiação, um período definido de tempo de 24 horas. Como o sacerdote fazia expiação pelo povo em um tempo definido de 24 horas, certamente o Senhor Jesus faz o mesmo, e, continuará a fazer, até que o seu trabalho no santos dos santos esteja finalizado.
A equação correta para compreendermos o período de tempo de 24 horas, relacionando a atual dispensação antitípica é a seguinte: “Na dispensação antiga, ou seja desde os dias de Arão, o dia 10 do sétimo mês ocorria anualmente. Assim, este tempo definido de 24 horas é um tipo do dia que ocorre anualmente desde de o último período, ou seja da dispensação atual, até o último dia de graça que terminará também num dia de expiação.”
A explicação acima, demonstra que se o sumo sacerdote fazia expiação pelo povo uma vez por ano, a realidade é que Cristo, também faz o mesmo. Veja que o Senhor ordenou a Moisés que fizesse tudo conforme lhe foi dado a ver no monte (Êxodo 25:8,9 e 40). É lógico que todas as questões  relacionadas com o santuário e seus rituais, foram dados por Deus a Moisés de forma minuciosa.
 Portanto, como é evidente; o que o sumo sacerdote fazia no santo dos santo do santuário terrestre, era figura, ou tipo daquilo que Cristo faz em realidade (antítipo) no santíssimo lugar do santuário celestial (Hebreus 8:1-5; 9:6-9,13 e 14). Compreendendo isto, podemos estabelecer satisfatoria - mente, a relação entre os tipos e a realidade do serviço de Cristo para expiar os pecados de seu povo. Consideremos os seguintes pontos:
Todo o ministério sacerdotal na dispensação típica que tinha começado com Abel e mais tarde fora entregue a tribo de Levi e restringido em Arão e sua descendência, era um tipo ou figura de Cristo e de seu ministério como sacerdote permanente, desde que Ele ascendeu ao céu, até a terminação do tempo da graça (Hebreus 5:6).
Leiamos os capítulos 7, 8 e 9. Dependemos especialmente do verso 9 do capítulo 9 e dos versos 1-5 do capítulo 8 e versos 24 e 25 do capítulo 7.
O ministério do sumo sacerdote no dia particular da expiação, que se repetia uma vez como o dia de juízo também durante 1500 anos, era um tipo do ministério de Cristo nele como nosso sumo sacerdote e juiz desde a chegada do mesmo dia no fim do período 2300 anos em 1844, conforme Daniel 8:14, até o fim da prova.
Este dia foi descoberto pela lembrança efetiva da lei de Moisés (Malaquias 4:4) e voltará com o seu ministério antítipico, porquanto, o trabalho de Cristo não está terminado no céu nem na terra, e assim continuará lá em cima, porque o ministério sacerdotal foi mudado para o santuário celestial, e continuará assim até que chegue o último dia da graça; não obstante com o seu último ministério na mesma data, no ano e na qual terminava todo o serviço religioso, quando todo o povo de Deus fora posto figurativamente em liberdade de todo o seu pecado (Levítico 16 ; Hebreus 8:1-5) assim deve ser na realidade. Seria mas claro ainda dizer o mesmo de modo mais definitivo como segue, e justamente como passou na história sagrada.  
O ministério sacerdotal registrado desde Abel até Arão, era um tipo do ministério de Cristo, de sua ascensão até 1844.
A continuação do mesmo ministério reorganizado desde Arão, até o ministério típico, que acabou com o sacrifício na cruz, era um tipo de continuação do ministério de Cristo desde aquela data até a terminação do tempo da graça.

É a parte jurídica, que consistia do dia da expiação, que ocorria sempre uma vez por ano, e que não se cumpriu no sacrifício da cruz. Era o tipo de serviço de Cristo no juízo de investigação que deve cair sempre no mesmo dia que caiu em 1844, até terminar com o ministério sacerdotal antitípico no fim da graça.
Se por ventura alguém perguntar: Por que o dia 10 do sétimo mês, não foi observado pelos cristãos, no período localizado entre a ascensão de Cristo e o ano de 1844? Respondo, por duas razões obvias.


Naquele período de tempo, o dia de juízo estava com Deus em Jesus, justamente como estava no tempo típico antes da organização do ministério sacerdotal feito por Moises. E só deveria ser observado pelo povo de Deus em seu devido tempo e lugar conforme a indicação da profecia.

Do ano 31 d.C até o ano de 1844 d.C, os remanescentes de Iahweh, estavam sem responsabilidade de observar o dia 10 do sétimo mês, porque a profecia referente a este dia, deveria se cumprir em 1844 d.C, e não antes (Dn.8:14). Ademais, durante o período aqui em comento, cristo estaria a realizar o trabalho que cabia ao sacerdote durante o ano todo. Isto foi delineado pelo próprio Cristo, e de forma alguma Ele trabalharia de forma contraria à suas especificações (Salmo 89:34).
Quanto ao sacerdócio de Cristo, durante o período aqui comentado, veja a citação da senhora White, esclarecendo o trabalho de Jesus no santo lugar: “O ministério do sacerdote, durante o ano todo, no primeiro compartimento do santuário, ‘para dentro do véu’ que formava a porta e separava o lugar santo do pátio exterior, representa o ministério em que entrou Cristo ao ascender ao céu. Era a obra do sacerdote no ministério diário, a fim de apresentar perante Deus o sangue da oferta pelo pecado, bem como o incenso que ascendiam com as orações de Israel. Assim pleiteava Cristo com seu sangue, perante o pai, em favor dos pecadores, apresentando também com o precioso aroma de sua justiça, as orações dos crentes arrependidos. Esta era a obra ministerial no primeiro compartimento do santuário celestial. Para ali a fé dos discípulos acompanhou a Cristo, quando, diante de seus olhos Ele ascendeu. Durante dezoito séculos este ministério continuou no primeiro compartimento do santuário celestial” (Ellen G. White, O grande Conflito pagina 420 26ª 1981 CPB Santo André-SP). Aí está, claro como o dia, a resposta baseada apenas nas profecias contidas na palavra de Deus e em seus testemunhos. Quanto ao texto bíblico, que diz: Entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção Hebreus 9:12, ele simplesmente está dizendo que Cristo ao findar o seu trabalho de sacerdote em 1844 d.C, dá inicio à segunda parte de seu ofício sacerdotal, não mais no primeiro compartimento do santuário celestial, mas como sumo  sacerdote no segundo compartimento daquele recinto sagrado. Isto nada invalida a expiação, que ocorre atualmente todos os anos no santuário celestial, por que o texto ao dizer: “Uma vez por todas,” faz referência tão somente á eternidade de Cristo como o único e apto para fazer expiação pelo seu povo. Isto demonstra um contraste entre Cristo que é eterno e divino (Hebreus 7:21,24-28 ú.p.), que faz o trabalho no santíssimo lugar com o seu sangue, em comparação com os sumos sacerdotes que eram humanos e mortais, dotados de fraquezas, não podendo mesmo continuar por muito tempo, à obra de expiação por causa da morte (Hebreus 7:23). Isto explica as divisões sacerdotais em turnos (I Crônicas 24:1-4, 6-19). Ora, para assegurar a idéia que o grande dia do juízo (expiação) era de 24 horas no tipo, porque o sumo sacerdote era mortal naquele tempo e um período longo e indefinido ao presente por que Ele é imortal agora, não dá direito para mudar a lei e nem para destruí-la. O dia é de 24 horas, e deve permanecer assim, até que se cumpra tudo conforme foi determinado por Deus quanto ao dia de expiação. Se durante a expiação o sumo sacerdote falecia, outro era posto em seu lugar, dando continuação ao trabalho efetuado no santíssimo lugar. Como se pode ver, o estado natural do sumo sacerdote não tem que fazer diferença na natureza da lei divina. Se por ventura alguém afirmar que a observância do dia 10 do sétimo mês, hoje, implicaria também no ritual do bode Azazel, responderia que isto não é necessário, por que a figura do bode Azazel, era uma parte da lei cerimonial cujo ministério estava restringido ao sacerdócio de Arão na dispensação típica. Somos seguidores de Cristo e ao ressuscitar, o Senhor Jesus recebeu um sacerdócio excelente (Hebreus 5:5,6,9 e 10; 6:19 e 20; 7:19-22), pela qual podemos ser salvos. Assim, estamos agora sob o seu sacerdócio. Cristo não recebeu o sacerdócio em virtude da antiga lei, por que o sacerdócio do velho concerto era levítico, típico ou figurativo. Ademais, Cristo não era sacerdote muito menos da tribo de Levi (Hebreus 7:13 e 14; 8:4).
Na terra, Cristo não seria mesmo sacerdote segundo a ordem levítica, contudo, ao ascender ao Pai, triunfante e vitorioso, recebeu Ele o sacerdócio mais excelente. O sacerdócio segundo a ordem de Melquisedeque (Hebreus 4:14,15; 8:1 e 2; 9:11 e 12; 5:5,6,9 e 10; 6:19 e 20). Foi essa a transição sacerdotal, ou seja, do sacerdócio levítico para o sacerdócio celestial, real ou antitípico, que ocasionou o texto de Hebreus 7:12. Baseado nisto é que o escritor de Hebreus disse que se os sacerdotes levitas tinham direito de receber dízimos (Hebreus 7:1-6), quanto mais o teria o Filho de Deus, que tem o sacerdócio eterno (Hebreus 8:1,2 e 6; 7:24 e 8). O ministério de Cristo como sumo sacerdote tomou na dispensação antitípica, um outro aspecto e o juramento que o confirmou tornou-se como uma lei nova para o seu direito a esse ofício, mas em parte alguma vemos que Deus designasse um novo dia para o julgamento, que não seja o dia 10 do sétimo mês, ou para advertir o povo do advento desse dia em lugar do dia das trombetas estabelecidos por Deus. Também não encontramos uma nova lei para congregação do povo de Deus em substituição a festa dos tabernáculos.
Não há outra lei que se relacione com o sacerdócio de Cristo além dessas três festas. Jesus começou sua obra antitípica a ser executada no mesmo dia do juízo e da expiação, continuou-a porém, uma vez ao ano de acordo com o mandamento da lei (Levítico 16:21-34; Lucas 24:44). Jesus nasceu em carne para honrar e tornar grandiosa a lei. Obedecendo-a assim, ele fez estando na terra. É impossível que Ele passe a transgredi-la no céu (Salmo 89:34; 119:89; Malaquias 3:6 p.p; Tiago 1:17 ú.p; Mateus 5:17 e 18; Efésios 4:10). Como eu disse anteriormente, os observadores da expiação nada têm a ver com o bode emissário.
Isto se explica pelo simples fato de que aquela última parte da expiação cabia tão somente ao sumo sacerdote (Levítico 16:6-10,20-22 e 29-34). Todavia, com o sacrifício de Cristo na cruz do calvário, o ritual do bode Azazel, cessou por que esta cerimônia religiosa e típica pertencia ao concerto levítico. Cristo, foi honrado por Deus, e assim, Ele assumiu o sacerdócio superior e perpétuo (Hebreus 5:1,5-10; 10:8-10). Na transição sacerdotal em Hebreus 7:12, o Senhor Jesus, agora sumo sacerdote, se responsabiliza a tratar com a última parte da expiação, e lançará sobre Samael, o anjo da rebelião, ou Satanás, todos os pecados confessados pelo povo de Deus. Isto é justiça por que o diabo foi o originador e o instigador do pecado. Portanto, a pena cabível para ele é a morte (João 8:44; I João 3:8 s.p; I Coríntios 15:26; Hebreus 2:14; Isaías 14:12-17; Ezequiel 28:14,15,16 ú.p, e 18; Apocalipse 20:7-10). Esta realidade era tipificada no ritual do santuário terrestre, porém, realizada uma vez por ano, no dia 10 do sétimo mês. O que no antigo Israel sob o velho concerto era feito em sombra, figura ou tipo, sob o novo concerto, Cristo faz em realidade no santíssimo lugar do santuário celestial. Confira isto nas citações abaixo:
“Tal era o serviço efetuado como exemplar e sombras das coisas celestiais. E o que se fazia tipicamente no ministério do santuário terrestre é feito na realidade no ministério do santuário celestial”. (Ellen G. White, o Grande Conflito. Páginas. 419 e 420. 26ª edição. 1981. CPB, Santo André-SP).
 “Como o sumo sacerdote, ao remover do santuário os pecados, confessava-os sobre a cabeça do bode emissário, semelhantemente Cristo ao encerrar o seu ministério, Ele os colocará sobre Satanás o originador e instigador do pecado, que na execução do juízo, deverá arrastar a pena final.
O bode emissário levando os pecados de Israel era enviado “à terra solitária” (Levítico 16:22); de igual modo Satanás levando a culpa de todos os pecados que induziu o povo de Deus a cometer, estará durante mil anos circunscrito à terra, que então se achará desolada, sem moradores, ele sofrerá finalmente a pena completa do pecado nos fogos que destruirão todos os ímpios. Assim será Satanás para sempre banido da presença de Deus e de seu povo, e eliminado da existência na destruição final do pecado e dos pecadores...
Por ocasião da vinda de Cristo os ímpios são eliminados da face de toda a terra. Esta se parece com um deserto assolado... Ocorre agora o acontecimento prefigurado na última e solene cerimônia do dia da expiação. Quando se completava o ministério no lugar santíssimo, e os pecados de Israel removidos do santuário em virtude do sangue da oferta pelo pecado, o bode emissário era então apresentado vivo perante o Senhor e na presença da congregação o sumo sacerdote confessava sobre ele “todas as iniqüidades dos filhos de Israel, e todas suas transgreções, segundo todos os seus pecados,” pondo-os sobre a cabeça do bode” (levítico 16:21). Semelhantemente, ao completar-se a obra de expiação no santuário celestial, na presença de Deus e dos Anjos do céu e do exércitos dos remidos, serão então posto

sobre Satanás os pecados do povo de Deus, declarar-se-á ser ele o culpado de todo o mal que os fez cometer. E assim como o bode emissário era enviado para uma terra não habitada, Satanás será banido para a terra desolada que se encontrará como um deserto despovoado e horrendo (Apocalipse 20:1-3; Jeremias 4:23-26). Aqui, deverá ser a morada de Satanás com seus anjos maus durante mil anos. Restrito à terra, não terá acesso a outros mundos, para tentar e molestar os que jamais caíram. É neste sentido  que ele está amarrado: Ninguém ficou de resto, sobre quem ele possa exercer o seu poder. Está inteiramente separado da obra de engano e ruína que durante tantos séculos foi seu único deleite.” (Ellen G. White., O Grande Conflito. Página. 421,489,663-665. 26ª edição. CPB. Santo André - SP).
Cheios do conhecimento de Deus, no que diz respeito a este assunto, e como já é evidente, a chuva serôdia será derramada no dia 10 do sétimo mês, porque é neste dia, que o Senhor Jesus, purificará o seu povo de todos os seus pecados, e apagará as suas iniqüidades do livro de registro. (Levítico 16:29-31; Zacarias 3:9ú.p; Daniel 7:9 e 10; Atos 17:31; João 5:22 e 27: Atos 10:42; Romanos 2:16; II Coríntios 5:10).
Esta verdade, também pode ser percebida pela seguinte declaração: “Apenas ao final dos 2300 dias em 1844, teria inicio o ministério do segundo compartimento! Ou seja, até 2300 anos; então terá inicio o sacrifício anual. Analisando o Salmo 51:1-4, vemos que ele não fala apenas de purificação de pecado, mas de apagar o pecado também. Quando o pecado é apagado? No juízo. Desta forma, analisando Malaquias 3:1,3 e 5 e Apocalipse 3:18 em conexão com Levítico 16, vemos que juízo está ligado à purificação do povo de Deus. O povo de Deus será purificado durante o juízo!” (Clifford Goldstein. 1844, Uma Explicação Símples Das Principais Profecias De Daniel. Páginas 71,99,107 e 108. 6ª edição, 2006. CPB. Tatuí-SP). A senhora White, também tinha conhecimento desta verdade, tanto que ela escreveu dizendo que: “A obra do juízo investigativo e extinção dos pecados deve efetuar-se antes do segundo advento do Senhor. Visto que os mortos são julgados pelas coisas escritas nos livros, é impossível que os pecados dos homens sejam cancelados antes de concluído o juízo em que seu caso deve ser investigado. Mas o apóstolo São Pedro declara expressamente que os pecados dos crentes serão apagados quando vierem “Os tempos do refrigério pela presença do Senhor,” e Ele enviar a Jesus Cristo (Atos 3:19 e 20).” (Ellen G. White, O Grande Conflito. Páginas. 488 e 489,  26ª edição. 1981. CPB. Santo André-SP).
Este testemunho de Ellen G. White é relevante, por que nos mostra com clareza e sobriedade que o Senhor Jesus faz expiação pelo seu povo no tempo certo, ou seja, no dia 10 do sétimo mês, sendo este dia, o tempo designado por Deus para o derramamento da chuva serôdia. A citação acima mostra-nos que o trabalho de Cristo no dia da expiação tem dupla atividade.

 É o que diz a palavra de Deus e o Espírito de Profecia. Confira: “No tempo determinado para o juízo- o final dos 2300 dias, em 1844 - iniciou-se a obra de investigação e apagamento dos pecados. Todos os que já professaram o nome de Cristo serão submetidos à aquele perscrutador escrutínio. Todos os vivos como os mortos devem ser julgados pelas coisas escritas nos livros, segundo as suas obras”. (Ellen G. White., O Grande Conflito. Página. 489. 26ª edição. 1981. CPB. Santo André-SP).
O texto acima é bastante claro e compreensível. Veja que no dia da expiação, Cristo julgará o caso dos mortos e apagará os seus pecados. Isto deve ser assim por que aqueles que morreram em Cristo não podem comparecer pessoalmente no tribunal divino, quando os seus registros são examinados e decididos o seu caso. Em vista disso, Jesus aparece como seu advogado (I João 2:1). Pelos cristãos vivos, Cristo, faz intercessão com o seu sangue (Hebreus 9:11; 12, 23 e 24; Romanos 8:27 Joel 1:14; 2: 12-17; Levítico 16:30; Isaías 53:12 ), mas não apaga os seus pegados até que chegue a vez deles no juízo. Como entender isto?
Para responder a esta pergunta, considere a citação abaixo: “Deus mantém uma conta para cada homem. Sempre que de um coração sincero, acende uma suplica por perdão, Ele perdoa, más por vezes os homens mudam de idéia... Mostram, por sua vida que o seu arrependimento não é duradouro, e assim, Deus em vez de apagar de uma vez por todas os seus pecados, de maneira absoluta, definitiva, registra o perdão ao lado do nome das pessoas, e espera com o apagar final dos pecados para quando eles tiverem tido tempo de pensar maduramente no assunto, se ao fim de sua vida se acham ainda com a mesma idéia, Ele os considera fiéis, e no dia do juízo seu registro é definitivamente limpo. Assim acontecia com Israel outrora. Daí as palavras de Cristo: “Mas aquele que perseverar até o fim será salvo. Mateus 24:13.” (M. L. Andreasen., O Ritual do Santuário. Página. 151. 3ª edição.1983. CPB. Santo André-SP)
Irmãos Perceberam a importância do assunto? É por esta razão que os santos vivos da atualidade, que estão sob a graça redentora de Deus, de acordo com o apóstolo Paulo, devem comparecer pessoalmente no tribunal de Cristo (Hebreus 10:30; II Coríntios 5:10; Provérbios 28:13). Isto é pela fé, tão somente (Hebreus 10:19-22, 35-39; 11:1 e 6). Se isto não fosse assim, como receberíamos a chuva serôdia? E os nossos pecados, como seriam apagados dos livros de registros, se não comparecêssemos no tribunal de Cristo, pedindo perdão a Ele, e suplicando-lhe que nos aceite perante a sua majestade divina? Como se pode ver, o trabalho de Cristo no santo dos santos é tão essencial para nossa salvação, como o foi sua morte sobre a cruz. Queridos irmãos em Cristo, cabe a nós compreendermos que o Senhor Jesus intercede por nós diante de Iahweh, não somente com pedido de orações e súplicas, mas indubitavelmente com o seu sangue, literalmente sangue! Confira isto nos textos a seguir:
“Não mais tem que ser feita a diária e anual expiação simbólica, mas o sacrifício expiatório por meio de um mediador é necessário, por causa do constante cometimento de pecado.” (Ellen G. White., Mensagens Escolhidas, Volume. I. Página. 344. 2ª edição. 1985. CPB. Santo André-SP).
Esta é uma verdade para o nosso tempo. É significativo que as sagradas escrituras, apresentam o trabalho sacerdotal do Israel típico com rituais envolvendo sangue. Isto não deve causar-nos admiração por que como a própria palavra de Deus diz: “é o sangue que faz a expiação” (Levítico 17:11; Hebreus 9:22). Veja que Cristo, ao morrer na cruz, seu sangue foi derramado (João 19:34; Colossenses 1: 17-20). Ao entrar no santo lugar do santuário celestial, o seu sangue foi empregado para reconciliar Deus com o homem (Testemunhos Seletos, volume. I.Páginas. 482 e 483. 5ª edição. 1984.CPB. Santo André-SP).
  E ao entrar no santíssimo lugar, também do santuário celestial, Cristo, apresentou o seu sangue a Iahweh, e até hoje, este sangue é empregado pelo Senhor Jesus, no dia da expiação, para purificar o homem de seus pecados. Confira isto nas citações abaixo:
“Mantendo ainda a humanidade, Cristo subiu ao céu triunfante e vitorioso. Levou o sangue da expiação para o santíssimo aspergiu-o sobre o propiciatório e sobre os seus próprios vestidos, e abençoou o povo.” (Revista Adventista, Sinais Dos Tempos, 15 de abril de 1905).
“Nem todos os cristãos conhecem a Cristo como sumo sacerdote que ministra o seu sangue no santuário celestial. No entanto, sem este ministério, o plano de salvação seria inútil. O sangue de Cristo não e apenas derramado, mas também ministrado por nós no céu pelo nosso grande sumo sacerdote, como parte vital do plano de Deus para nos salvar.” (Ellen G. White., Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, volume. 7. Página. 430). Em outro texto, a senhora White continua afirmando que se não houver derramamento de sangue da parte de Cristo no dia do juízo, não haverá pecado perdoado e nem purificação do santuário celestial. Veja:
“Mas poderá no céu haver alguma coisa a ser purificado? No capítulo 9:22 e 23 de Hebreus, a purificação do santuário terrestre, bem como do celestial, encontra-se plenamente ensinada... A purificação, tanto no serviço típico como no real, deveria executar-se com sangue: no primeiro com sangue de animais,  no último com sangue  de Cristo. São. Paulo declara, como razão porque esta purificação deve ser efetuada com sangue, que sem derramamento de sangue não há remissão. Remissão, ou ato de lançar fora o pecado, é a obra a efetuar-se.(Ellen G. White., O Grande Conflito. Página. 417.  26ª edição, 1981.CPB. Santo André-SP).
Outro texto de grande importância também da autoria de Ellen White diz que: “O sangue de Cristo é eficaz, mas precisa ser aplicado continuamente” (Ellen G. White., Testemunhos Seletos, volume. I. Página. 483. 5ª edição. 1984. CPB. Santo André-SP).

]Como podemos ver, a expiação de Cristo no santíssimo lugar é tão vital para nossa salvação que a menos que o Senhor Jesus derrame o seu sangue, todos os nossos trabalhos religiosos bem como as nossas devoções pessoais serão inválidas, ou seja, não podem ter aceitação de Deus. Veja:
“Os serviços religiosos, as orações, o louvor, a penitente confissão do pecado, sobem dos crentes fiéis, qual incenso ao santuário celestial, mais passando através dos corruptos canais da humanidade, ficam tão maculados que, a menos que sejam purificados com sangue, jamais podem ser de valor perante Deus... Todo o incenso [Nossas orações, Apocalipse. 5:8 ú.p; 8:3 e 4] dos tabernáculos terrestre [Os fiéis em Cristo. Efésios 2:21 e 22; 2 Pedro 1:14; 2 coríntios],  tem de umedecer-se com as purificadoras gotas do sangue de Cristo... Então, perfumados com os méritos da propiciação de Cristo [O Seu sangue. “O Grande Conflito, página. 421. 26ª edição. 1981. CPB]  o incenso ascende perante Deus completo e inteiramente aceitável. Voltam então graciosas respostas.” (Ellen G. White., Mensagens Escolhidas. volume. I. Página. 344. 2ª edição. 1985. CPB. Santo André-SP) .
Esclarecidos destes fatos, continuemos estudando as verdades que estão por detrás do dia 10 do sétimo mês. Como sabemos, a expiação era e ainda é celebrada de um pôr - do - sol a outro pôr -do - sol, um dia exato de 24 horas. Um sábado solene. (Lev. 16:29-31 e 34; 23:26-32). Sabemos que no antigo Israel, quando o povo de Deus era convidado à solene expiação, a ordem divina era que os israelitas afligissem as suas almas com jejuns e orações, lamentando-se pelos pecados cometidos durante o ano. Observe que as lamentações do povo e suas aflições de espírito por causa do pecado ocorriam dentro de um período de tempo definido, ou seja, dentro do mesmo período de tempo em que o sumo sacerdote fazia expiação. Um tempo definido e fixo de 24 horas. Esta é uma verdade que nós adventistas do sétimo dia precisamos viver, é nossa obrigação, faz parte de nossa mensagem, está ela incluída na doutrina do santuário. Que o Senhor nos dê graça e discernimento para compreendermos e aceitarmos a verdadeira interpretação do dia 10 do sétimo mês visto ser a expiação, o dia do juízo, dia em que os nossos nomes cedo ou mais tarde passarão em juízo perante Cristo.
“O juízo ora se realiza no santuário celestial. Há muitos anos esta obra está em andamento. Breve, ninguém sabe quão breve, passará ela aos casos dos vivos. Na augusta presença de Deus nossa vida deve passar por exame... Quando se encerrar a obra do juízo de investigação, o destino de todos terá sido decidido, ou para a vida, ou para a morte.” (Ellen G. White., O grande Conflito. Páginas. 493 e 494. 26ª Edição. 1981. CPB. Santo André - SP).
Compreenderam.? Agora entenderam por que devemos observar com temor e tremor o dia da expiação?
Queridos irmãos em Cristo, este tempo definido e fixo de 24 horas, é todo tempo que Jesus precisa para expiar os pecados de seu povo, e, receberem eles a chuva serôdia.


 Eis aí o porquê da observância do dia 10 do sétimo mês. Certamente, isto é assim, porque o trabalho que Cristo desempenha anualmente no santo dos santos, no dia 10 do sétimo mês, é o antítipo do tipo que o sumo sacerdote desempenhava uma vez por ano no mesmo dia no santuário terrestre. Isto explica por que o Senhor ordenou a Moises dizer a Arão, que o sacerdote não entrasse a qualquer hora no santíssimo lugar; mas, somente uma vez por ano (Levítico 16:1,2, 32-34). Em outras palavras; como o sumo sacerdote fazia expiação uma vez por ano no segundo compartimento do santuário terrestre, para purificar o povo de seus pecados, assim também faz o senhor Jesus, ou seja, no dia 10 do sétimo mês de cada ano, Cristo, diante de Deus, faz expiação pelo seu povo purificando-os e limpando-os de seus pecados.
Tal era o serviço efetuado como exemplar e sombra das coisas celestiais. E o que se fazia tipicamente no ministério do santuário terrestre, é feito na realidade no ministério do santuário celestial. (Ellen G. White., O Grande Conflito. Páginas. 419 e 420. 26ª edição. 1981. CPB.Santo André - SP).
Bem, reconhecendo o dia 10 do sétimo mês como uma incontestável verdade bíblica, a pergunta é: Como nós poderíamos observar o dia da expiação tão precisamente como fazem os nossos irmãos Judeus? A resposta é simples; basta que tenhamos em mãos uma tabela de conversão, ou seja, uma tabela que contenha a correspondência sincronizada entre os calendários judaicos e gregorianos. Para que os irmãos entendam bem o que aqui foi dito, bem como a relação entre os dois calendários e suas aplicações, reproduzi aqui para nosso estudo, uma tabela com todos os dias das expiações desde o ano 2009 ao ano 2032. Confira a reprodução desta tabela na página seguinte.

COMO USAR A TABELA

O uso da tabela é muito simples. Todas as datas para o dia das expiações foram calculadas por um moderno sistema de computador especializado em astronomia, disposto no Site da Associação Religiosa Israelita Chevra Kadisha. Iahweh estabeleceu que o dia do juízo devesse ocorrer sempre no dia 10 do sétimo mês, de um ano qualquer, no calendário Judaico. No calendário Gregoriano, o dia da expiação pode cair em qualquer dia da semana, nos meses de setembro ou outubro. Assim, para sabermos quando o Senhor Jesus fará expiação por nós em um determinado ano em nosso calendário, basta escolhermos o dia, o mês, e o ano no calendário judaico para o dia 10 do sétimo mês. Feito isto, segue-se normalmente o dia, o mês e o ano em nosso próprio calendário. Considere os exemplos seguintes:




1º - Em que dia, mês e ano de nosso calendário, Cristo fará expiação pelo Seu povo no santo dos santos, no dia 10 do sétimo mês do ano Judaico 5771?
Resposta: No calendário cristão, a expiação ocorrerá no pôr - do - sol do dia 17 de setembro, ao pôr - do - sol do dia 18 do mesmo mês, do ano de 2010. Portanto, um dia de 24 horas.
2º - Considerando o dia 10 do sétimo mês do ano Judaico 5772. Quando ocorrerá a expiação, em nosso calendário?  Resposta: Ao pôr - do - sol do dia 7/10/2011, ao pôr - do - sol do dia 8/10/2011. Portanto, um dia de 24 horas.  
O estudioso da palavra de Deus concordará com as verdades aqui demonstradas, porque de fato, a doutrina discorrida nesta tese, não fere os princípios fundamentais da sã doutrina, pelo contrário. Põe em seu devido lugar. Se crermos diferente do que aqui foi escrito, estaremos em trevas, porque a moderna teologia com sua irradiante filosofia discordam da observância do dia da expiação, porque segundo os teólogos, o dia 10 do sétimo mês, além de ter sido dado aos Israelitas sob o antigo concerto, foi cravado na cruz, dizem eles. Eu até poderia concordar com esta premissa se existisse na Bíblia ou nos escritos de Ellen G. White, algum texto dizendo com toda afirmativa, que o dia 10 do sétimo mês, era uma figura ou tipo do primeiro advento de Cristo, e que este dia, devido a isto, tivesse sido abolido na cruz. Claro, tal prova não pode ser encontrada porque não existe. No antigo Israel, existiam várias solenidades que faziam parte da vida diária da sociedade civil e religiosa Israelita.

As principais eram: A Páscoa (14 de Abibe), A Festa dos Pães Azímos (15 e 21 de Abibe), O Pentecostes (6 de Sivã), Toque das Trombetas (1 de Tishri), O Dia da Expiação (10 de Tishri), A Festa dos Tabernáculos (15 de Tishri), e o oitavo dia da festa dos Tabernáculos (22 de Tishri). Aqui, encontramos a referência bíblica dos sete sábados cerimoniais (levítico 23:4-7, 9-16, 23, 24, 26, 27, 28, 33-37, 39, 41-44).
Pelo fato da contagem desses sábados dependerem do início do ano religioso, que por sua vez se baseavam no calendário lunar, eles podiam corresponder a qualquer dia da semana. Quando, porém, coincidia com o sábado semanal, eram chamados de grandes dias (João 19:31), justamente o que aconteceu na morte de Cristo, houve ali um sábado duplo, o do sétimo dia, e o sábado do primeiro dia dos Pães Ázimos, precisamente o dia 15 de Abibe. Cristo morreu no mesmo dia em que a páscoa era comida (João 19:14; Lucas 23:54).
Já deu para perceber que dos sete sábados cerimoniais, apenas os três primeiros foram cumpridos por Cristo ao morrer na cruz do calvário. Estes eram os tipos que representavam o primeiro advento de Jesus. Com esta observação, é fácil perceber que o dia 10 do sétimo mês, permanece em vigor, e jamais, fez parte dos símbolos que ao seu tempo foram cravados na cruz. Se bem que a igreja adventista do sétimo dia se oponha à anual expiação, uma publicação semestral de sua autoria creio que por providência divina, corrobora a solenidade da expiação nas seguintes palavras: “O dia da expiação não estava relacionado com nenhum evento específico da historia de Israel. Antes, apontava para o futuro ato divino de julgamento e purificação. Miquéias usa a terminologia e ideologia do dia da expiação para descrever a futura obra de Deus em favor do seu remanescente escatológico... As visões apocalípticas de Daniel apontam para um tempo em que o santuário seria purificado pouco antes do estabelecimento do reino de Deus na terra (8:13 e 14). Isto sugere que o dia da expiação [dia 10 do sétimo mês] é essencialmente típico em vez de comemorativo... Mais o fato de ocorrer ano após ano torna-o um tipo da futura e final purificação do povo de Deus em preparação para o reino messiânico”. (Parousia, ‘O Novo Israel’. Revista do Seminário Adventista Latino Americano De Teologia. Ano 6 – número.1, sede Brasil – Sul, páginas. 31 e 32. CPB, 1º Semestre de 2007). Ótima declaração! Este depoimento dos estudiosos adventistas só vem a confirmar mais ainda, a real observância da expiação até porque o dia 10 do sétimo mês é um tipo do dia que ocorre anualmente na presente dispensação. Veja que o texto acima, diz que a expiação e típica e não comemorativa. Não é comemorativa porque dos sete sábados cerimoniais, o único que não era uma festividade era o dia 10 do sétimo mês. Se é um tipo, então a sua observância é requerida de nós, até que o tipo se encontre com o antítipo na vinda de Cristo. Sem dúvida alguma, foi crendo desta maneira que a senhora White ao escrever sobre as festas anuais, disse que a festa dos tabernáculos era típica e comemorativa. (Patriarcas e Profetas, página. 579. 10ª edição. 1990. CPB). Ellen G. White, tinha conhecimento desta verdade, e jamais confundiu os sábados cerimoniais, que estavam relacionados com o primeiro advento de Jesus, com aqueles que dizem respeito à sua obra de expiação e intercessão, no santíssimo lugar. Na citação seguinte, o leitor perceberá que a serva do Senhor, tinha conhecimento da simbologia profética, e seus significados, e fazia separação entre os símbolos que se cumpriram na morte de Cristo (Páscoa, Pães Ázimos e Pentecostes), e os demais (Toque das Trombetas, Dia da Expiação, Festa dos Tabernáculos, e Oitavo Dia da Festa dos Tabenáculos), que devem ser observados por nós, até que tudo seja cumprido no segundo advento de Cristo. Esta explicação é correta e firma-se na verdade. Se não, veja o que Ellen White escreveu sobre o cumprimento das três primeiras festas ou sábados cerimoniais, e considere o que ela disse, quanto ao cumprimento dos demais sábados cerimoniais ou festas de outono:
 “A morte do cordeiro pascal era sombra da morte de Cristo. I Coríntios 5:7. O molho das primícias, que por ocasião da páscoa era movido perante o Senhor, simbolizava a ressurreição de Cristo. Falando da ressurreição do Senhor e de todo o seu povo, diz São Paulo: “Cristo, as primícias, depois os que são de Cristo, na sua vinda.”I Coríntios 15:23.

Semelhante ao molho que era agitado, constituído pelos primeiros grãos amadurecidos que se colhiam antes da ceifa, Cristo é as primícias da ceifa imortal de resgatados que, por ocasião da ressurreição futura, serão recolhidos ao seleiro de Deus. Aqueles símbolos (As três primeiras festas de primavera) se cumpriram, não somente quanto ao acontecimento, mais também quanto ao tempo... “De igual maneira, os tipos que se referem ao segundo advento (As quatro últimas santas convocações de outono), devem cumprir-se ao tempo designado no culto simbólico.” (Ellen G. White., O Grande Conflito. Páginas. 398 e 399. 26ª edição.1981. CPB. Santo André - SP).
Que declaração fantástica! Que mais se poderia exigir para provar que o dia 10 do sétimo mês é uma realidade para os nossos dias, e que este mesmo dia foi escolhido por Deus para o derramamento da chuva serôdia? Devemos ser cautelosos em receber os ensinos da nova teologia. Em sua grande maioria, a teologia moderna, desvirtua a palavra de Deus ensinando tradições humanas.
Quebra meticulosamente os princípios fundamentais do Evangelho Eterno, usando as sagradas escrituras, assim como fez Satanás (Lucas 4:9-11; II Coríntios 11:14), faz parecer que a palavra do Senhor se contradiga, dizendo aquilo que realmente não queria dizer ou que corrobora o erro e  o engano. Destas coisas, adverte-nos os oráculos de Deus, dizendo que:

“Não devemos receber as palavras dos que vêm com uma mensagem em contradição com os pontos especiais de nossa fé. Eles reúnem uma porção de passagens, e amontoam-na como prova em torno das teorias que afirmam. Isto tem sido repetidamente feito durante os cinqüenta anos passados. E se bem que as Escrituras sejam a Palavra de Deus, e deva ser respeitada, sua aplicação, uma vez que mova uma coluna do fundamento sustentado por Deus estes cinqüenta anos constituem grande erro... Muitos textos bíblicos serão mal aplicados de tal modo que teorias enganadoras parecerão ser baseadas na palavra que Deus proferiu. A preciosa verdade será trabalhada de modo que fortaleça e confirme o erro.
“Esses falsos profetas, que pretendem ser ensinados por Deus, tomarão belos textos que foram dados para adornar a verdade, e os usarão como manto de justiça para cobrir teorias falsas e perigosas.” (Ellen G. White, Cristo Em Seu Santuário, páginas. 16 e 19, 6ª edição. 2002. CPB).
Em outra passagem, a senhora White continua a nos advertir contra os falsos pilares da teologia espúria, dizendo que: “As verdades da Bíblia de novo se tornaram obscurecidas pelos costumes, tradições e doutrinas falsas. Os ensinamentos errôneos da teologia corrente têm feito milhares sobre milhares de céticos e infiéis. Há erros e incoerências que muitos denunciam como sendo ensinos da Bíblia, mas que não passam, em realidade, de falsas interpretações da Escritura, adotados durante os séculos das trevas papais.” (Ellen G. White., Testemunhos Seletos, volume. 2. Página. 315. 5ª edição. CPB. Santo André -SP). Outro testemunho de Ellen White, que merece nossa atenção, continua dizendo que: “As opiniões de homens ilustrados, as deduções da ciência, os credos ou decisões dos concílios eclesiásticos, tão numerosos e discordantes como são as igrejas que representam a voz da maioria - nenhuma destas coisas, nem todas em conjunto, deveriam considerar-se como prova em favor ou contra qualquer ponto de fé religiosa. Antes de aceitar qualquer doutrina ou preceito, devemos pedir em seu apoio um claro - "Assim diz o Senhor”. Satanás se esforça constantemente por atrair a atenção para o homem, em lugar de Deus. Induz o povo a olhar para os bispos, pastores, professores de teologia, como seus guias, em vez de examinarem as Escrituras a fim de, por si mesmos, aprenderem seu dever. Então, dominando o espírito desses dirigentes, pode influenciar as multidões de acordo com sua vontade. Mas Deus terá sobre a Terra um povo que mantenha a Bíblia, e a Bíblia só, como norma de todas as doutrinas e base de todas as reformas.” (Ellen G. White, O Grande Conflito, página. 601. 26ª edição. 1981. CPB. Santo André – SP).
Apesar de achar-se a Bíblia, advertências contra os falsos ensinadores, muitos há que estão prontos a confiar ao clero à guarda de sua alma. São, porém, infalíveis, os ministros? Como poderemos confiar nossa alma a sua guia, a menos que

saibamos pela palavra de Deus que são portadores de luz? Repito, sejamos cautelosos, estudemos a Bíblia por nos mesmos, busquemos orientação do Espírito Santo de Deus, permaneçamos firmes na antiga doutrina e deixemos de lado as confusões teológicas que mais parecem discussões infindas entre eruditos que procura exaltar-se acima de Deus. Os pioneiros do advento viram a verdade do santuário, como básica para toda a estruturação da doutrina dos adventistas, portanto, seria um absurdo que nós adventistas do sétimo dia, negássemos as verdades, que estão intimamente relacionadas ao santuário e a obra de expiação.
Que o dia 10 do sétimo mês pertence a esta cadeia de verdade. Não há dúvida. Em 1844, a mensagem do primeiro anjo e o clamor da meia noite: “aí vem o esposo,” desencadearam o “movimento do sétimo mês,” esse assunto motivou ainda mais os irmãos a esperarem Cristo naquele tempo, 22 de outubro, que correspondia ao dia 10 do sétimo mês, não somente porque a profecia das 2300 tardes e manhãs ali chegasse ao fim, mais pelo fato de afluírem para o sétimo mês, todos os acontecimentos apontados para o segundo advento de Cristo. Falando da importância do sétimo mês, veja como o pioneiro adventista, o senhor Guilherme Miller (15-02-1782., a 20-12-1849), se expressou, ao compreender a ligação entre as festas de outono e o trabalho de Cristo no santíssimo lugar do santuário celestial.


“prezado irmão Himes: vejo no sétimo mês uma glória que eu antes não notara. Embora o Senhor me houvesse, há ano e meio, mostrado o aspecto típico do sétimo mês, contudo não havia eu reconhecido a força desses tipos. Agora, bendito seja o nome do Senhor, vejo uma beleza, uma harmonia e uma concordância nas Escrituras, pelas quais muito havia eu orado, mas que não cheguei a ver se não hoje. Da graças ao Senhor, ó minha alma. Oxalá, sejam abençoados os irmãos Snow, Storrs e outros, pelo papel que desempenharam em me abrir os olhos. Penso nunca ter visto tanta fé entre nossos irmãos como a que é manifestada sétimo mês.”  (Everett Dick; Fundadores da Mensagem, 2ª edição, 1976, páginas. 39, 40 e 42. CPB. Santo André – SP).  Se o dia da expiação tivesse perdido o seu valor na dispensação atual, por ter sido dado sob o velho concerto, e sob a lei de Moisés, certamente não precisaríamos de Malaquias 4:4. Todavia, a citação do referido profeta, nos aconselha a examinarmos a lei de Moisés, ou seja, em verdade a lei de Deus dada a Moisés para instrução do povo. Devemos nos lembrar de que foi graças àquela antiga lei, que os pioneiros adventistas obtiveram o conhecimento da existência do santuário celestial e do trabalho de Cristo nos compartimentos do mesmo.
Foi devido ao estudo das leis de Moisés em conexão com os livros de Daniel e Apocalipse, que os primeiros adventistas souberam que Cristo fazia expiações anuais. Por isso, o evento na história adventista ocorrido em 22 de outubro de 1844, data em que Cristo daria início à expiação em favor de seu povo. A verdade do dia 10 do sétimo mês permanecerá no meio do povo de Deus até que Cristo, a realidade dos bens futuro, apareça. A antiga doutrina dos pioneiros adventistas conservar-se-á na mente e no coração da igreja remanescente. Nenhum ponto escriturístico da doutrina do santuário, será abolido pelo povo do Senhor, antes, estará na mente dos fiéis em Cristo, como um marco antigo, que não pode ser removido. É o que diz o Espírito de Profecia, confira:
 “Quando o poder de Deus testifica daquilo que é a verdade, essa verdade deve permanecer para sempre como a verdade. Não devem ser agasalhadas quaisquer suposições posteriores contrárias ao esclarecimento que Deus proporcionou... Foi a direção do Espírito Santo que a apresentação do santuário foi proporcionada... Aparecerá um, e ainda outro, com nova  iluminação, que contradiz aquela que foi dada por Deus sob a demonstração de Seu Santo Espírito... Os porta-bandeiras que tombaram na morte, devem falar mediante a reimpressão de seus escritos. Estou instruída de que, assim, sua voz se deve fazer ouvir. Eles devem dar seu testemunho relativamente ao que constitui a verdade para este tempo... Satanás, procura criar dissensões e despertar contenda e discussões, e remover, se possível, os velhos marcos da verdade entregue ao povo de Deus. Ele procura fazer parecer como se o Senhor Se contradissesse a Si mesmo... Deus nunca Se contradiz. São mal aplicadas provas bíblicas, uma vez que sejam forçadas para testificar daquilo que não é verdadeiro. Outros e mais outros se levantarão e introduzirão pseudo esclarecimento, e farão suas afirmações. Nós, porém, permanecemos com os velhos marcos.” (Ellen G. White, Cristo Em Seu Santuário, páginas, 15 -17 e 19, 6ª edição. CPB. Tatuí-SP). Falando ainda das antigas doutrinas, e das verdades que os pioneiros adventistas descobriram, ao estudarem os relatos de Deus dados a Moisés, a senhora White, afirma em seus escritos, que a luz que possuímos não nos faz substituir as velhas verdades, dadas ao povo de Deus, sob a antiga aliança. Em verdade, o conhecimento a nós irradiado diretamente do trono de Deus, nos dará maior clareza e abrirá o nosso entendimento para compreendermos melhor o plano de Deus para a salvação dos homens. Assim, por mais esclarecidos que somos, não devemos sob hipótese alguma, rejeitar a luz da palavra de Deus, mesmo que esta tenha sido dada sob o antigo concerto. Veja: “Desde que o salvador verteu o seu sangue para remoção dos pecados, e subiu aos céus para “comparecer por nós perante a face de Deus” (Hebreus 9:24), tem estado a fluir luz da cruz do calvário e dos lugares santos do santuário celestial. Mas a luz mais clara que nos é concedida, não nos deve levar a desprezar a que nos primeiros tempos foi recebido mediante os tipos que indicavam o salvador vindouro... Cada novo raio que recebemos nos dá compreensão mais clara do plano da redenção, que é a operação da vontade divina na salvação do homem.” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, página. 382. 10ª edição. 1990. CPB. Tatuí-SP). É do interesse de Deus, que os princípios contidos em sua palavra, permaneçam firme no coração dos homens. Que todas as verdades contidas nas Sagradas Escrituras, relacionadas ao santuário celestial, sejam estudadas e compreendidas pelo professo povo de Deus. Que as questões que envolvem o dia expiação causem ao leitor e pesquisador dos oráculos divino, a devida impressão, visto ser o dia 10 do sétimo mês, parte vital no plano da redenção. Fiquemos em alertas e sejamos precavidos, pois em nosso meio surgirão erros de toda natureza e espécie, principalmente aqueles que negam a expiação de Cristo no santíssimo lugar. Diz-nos a pena inspirada: “No futuro, engano de toda espécie está para surgir, e precisamos de terreno firme para nossos pés... Nem um só alfinete deve ser removido daquilo que o Senhor estabeleceu... Eu sei que a questão do santuário se firma em justiça e verdade, tal como a temos mantidos por tantos anos... Ele (Satanás), remove do coração dos crentes o dominante poder desta verdade e supre o lugar com teorias fantásticas, inventadas para tornar nulas as verdades da expiação, e destruir nossa confiança nas doutrinas que temos mantido como sagradas, desde que foi dada a mensagem do Terceiro Anjo. Assim, ele nos rouba em nossa fé na própria mensagem que nos tornou um povo separado, e deu caracterização e poder a nossa obra.” (Ellen G. White., Cristo Em Seu Santuário. Páginas. 11 e 14. 6ª edição. 2002. CPB. Tatuí - SP). Queridos irmãos em Cristo, eis aí diante de vós, uma advertência estarrecedora, porém, valiosa para o pesquisador da palavra de Deus, que busca viver as origens da mensagem adventista tal qual foi dada pelo Senhor Jesus, aos pioneiros da IASD. Contudo, em 1889, a irmã White, escreveu uma série de advertências com explicações árduas sobre os mistérios da bíblia, onde em conformidade com os escritos sagrados, ela apela à nossa consciência para estudarmos mais profundamente, as preciosas verdades dos oráculos de Iahweh, a fim de averiguarmos explicitamente todas as gemas de verdade contidas nas Escrituras Sagradas. Tais conselhos têm sua importância e particularidade. Uma delas é que grande parte dos adventistas que professam a verdade presente, não sabem o que crêem, e devido a isto, ficam a mercê de toda espécie doutrinas falsas e espúrias, não condizentes com as verdades ensinadas pelos pioneiros adventistas.
Não admira que tais pessoas, desconheçam em grande medida as velhas doutrinas do adventismo, e aceite piamente a teologia moderna, ensinadas nos centros de ensino superior da própria igreja adventista. A doutrina da expiação, ou dia 10 do sétimo mês, é essencialmente adventista, o que nos torna diferentes das outras denominações. Crer diferente disso, é um passo para remoção dos velhos marcos, é entre outras coisas obliterar o caminho para salvação de almas. Crer diferente disto, é apostasia! Em 1956 d.C. os teólogos adventistas L. E. From, R. A. Anderson, Walter Read, e outros mais, apoiados pelo Presidente da Conferencia Geral, R.R.Fighur (24-05-1954 a 16-06-1966), mudaram a terminologia, e passaram a ensinar que o dia 10 do sétimo mês, completou-se no calvário, e que Cristo, no santuário celestial, fazia apenas aplicação dos benefícios da expiação, completada na cruz. Isto é traição aos princípios fundamentais da Bíblia e ao antigo ensino adventista, que sempre ensinou ser o sangue, o elemento principal da expiação e não um “ato”, “um ato expiatório” o “ato da cruz”. No dia 10 do sétimo mês, de cada ano, Cristo diante de Iahweh, derrama o seu sangue em benefício dos pecadores. Sangue, Queridos irmãos, Sangue! Literalmente sangue, é o que limpará o santuário celestial, contaminado com os nossos pecados, e é este mesmo sangue, que nos purificará de toda iniqüidade. Qualquer explicação ou ensinamento diferente disto constitui grande erro, e deve ser evitado, repudiado mesmo. Foi devido ao afastamento das velhas doutrinas e a constante apostasia denominacional (Fato consolidado em 07/08/1959 d.C, Com a divulgação pelo conselho nacional de igrejas dos Estados Unidos, organização ecumênica, de que a IASD é um “Membro Cooperador”), que a senhora White, já em seu tempo, levantou a voz e protestou contra aqueles que camufladamente extinguiam pouco a pouco, os pilares da fé adventista.
 Ela disse: “Como um povo, devemos estar firmes sobre a plataforma da verdade eterna, que resistiu a todas as provas. Devemos ater-nos aos seguros pilares de nossa fé. Os princípios da verdade que Deus nos revelou, são nossos únicos, fiéis alicerces. Eles é que fizeram de nós o que somos. O correr do tempo não lhes diminuiu o valor. É constante esforço de o inimigo remover essas verdades de seu engaste, colocando em seu lugar teorias espúrias... O inimigo das almas tem procurado introduzir a suposição de que uma grande reforma devia efetuar-se entre os adventistas do sétimo dia, e que essa reforma consistiria em renunciar às doutrinas que se erguem como pilares de nossa fé, e empenhar-se num processo de organização... Nossa religião seria alterada. Os princípios fundamentais que têm sustido a obra nestes últimos cinqüenta anos seriam tidos na conta de erros. Estabelecer-se-ia uma nova organização. Escrever-se-iam livros de ordem diferente. Introduzir-se-ia um sistema de filosofia intelectual... O sábado seria, naturalmente, menosprezado, como também o Deus que o criou. Coisa alguma se permitiria opor-se ao novo movimento... Quem tem autoridade para iniciar semelhante movimento? Possuímos a Bíblia... Temos uma verdade que não admite contemporização alguma. Não devemos repudiar tudo que não esteja em harmonia com esta verdade?... Tenho de proclamar as mensagens de advertência que Deus me dá para divulgar, e então deixar os resultados com o Senhor... Mensagens de toda espécie e feitio têm feito pressão sobre os adventistas do sétimo dia, pretendendo substituir a verdade que, ponto por ponto, tem sido buscada com oração e estudo e atestada pelo poder milagroso do Senhor. Mas, os marcos que nos tornaram o que somos, devem ser preservados, e sê-lo-ão, conforme Deus o mostrou mediante Sua Palavra e o testemunho de Seu Espírito.”
(Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, volume. 1. Páginas. 201, 204, 205 e 208. 2ª edição. 1985. CPB. Santo André - SP). Tudo isto, foi escrito para enfrentar a apostasia prevalecente já no tempo de Ellen G. White. Estamos agora, no período Ômega da história da igreja Adventista, que se avolumará até que ela atinja o ápice da apostasia, unindo-se completamente ao mundo, e conformando-se com ele (Ellen G. White., O Grande Conflito, página. 614 26ª edição. 1981. CPB. Santo André – SP).  Se cremos na verdade presente, e como um povo, fomos escolhidos por Deus para levarmos adiante a mensagem do terceiro anjo, porque então rejeitarmos a verdadeira compreensão do dia 10 do sétimo mês? Se no tipo, a expiação era feita anualmente com o sangue de animais, logicamente que no antítipo, a mesma obra será feita também anualmente, porém com o sangue de Cristo. Esta interpretação é correta, tanto que a senhora White, disse que quando Cristo terminar a sua obra de expiação no santíssimo lugar, não haverá sangue expiatório para purificar os homens dos seus pecados. (Ellen G. White., Eventos Finais. Página. 218. 16ª edição. 2003. CPB. Tatuí - SP).
Creio que os irmãos já perceberam que quando falo da expiação, o sangue também é mencionado. Isto se dar porque a expiação, só pode ser feita com sangue, porque sem derramamento de sangue não há remissão (Hebreus 9:22). O dia 10 do sétimo mês, era em símbolo, um dia de juízo para Israel, hoje é na realidade. Como sabemos, Cristo começou este juízo, num dia 10 do sétimo mês, e certamente Ele irá terminar também, num dia 10 do sétimo mês! Veja que a palavra de Deus tem se cumprido fielmente, ou seja, todas estas coisas aconteceram exatamente nos mesmos dias em que eram comemoradas em símbolos. Assim, a chuva temporã, caiu numa festa (A de Pentecostes). Logicamente que a chuva serôdia, não cairá noutro dia. Senão em uma das quatro convocações de outono: “O dia 10 do sétimo mês”, “Ao tempo designado no culto simbólico”.
“Meus irmãos que a palavra de Deus permaneça exatamente tal qual é: Que nenhuma sabedoria humana presuma diminuir a força de uma só declaração das Escrituras, a solene denúncia do Apocalipse (22:18 e 19) deveria advertir-nos contra semelhante atitude... Deus não obriga ninguém a crer. Podem escolher confiar nas evidências que Ele houve por bem dar, ou podem duvidar e perecer... Não devemos nunca esperar que, quando o Senhor tem luz para seu povo, Satanás se deixe ficar tranqüilo ao um lado, sem fazer esforços por impedí-los de recebê-la, trabalhará nos espíritos para excitar desconfiança, inveja e incredulidade, cuidamos para não recusar a luz que Deus envia, por não vir da maneira que nos agrade...  Se houver quem não reconheça nem aceite a luz, que não feche o caminho a outros, não se venha a dizer deste povo, altamente favorecido, o que foi dito dos Judeus quando lhes foram pregadas as boas novas do reino: “Vós mesmos não entrastes, e impedistes os que entravam” (Ellen G. White., Testemunhos Seletos, Volume. II. Páginas. 315 – 317.  5ª edição. 1985. CPB. Santo André – SP).
Agora que já sabemos por que observar o dia 10 do sétimo mês, bem como a sua relação íntima e indivisível com o derramamento da chuva serôdia, e o apagamento de nossos pecados, é indispensável listarmos aqui, as condições prioritárias para recebermos o refrigério pela presença do Senhor em seu devido tempo e lugar. É importante considerarmos todos os pontos deste assunto por que a chuva serôdia virá no tempo certo, se não recebemos é porque não pedimos. E se pedimos e não recebemos é porque o nosso caráter ainda está manchado pelo pecado. Hoje podemos receber o Espírito Santo em boa medida, mas como chuva temporã somente, por que é necessário até o fim da provação e porque foi derramada no fim da provação e porque foi derramada no começo da era crista, no seu próprio dia. Desde então, estamos na época da chuva temporã. Ela pode ser derramada em qualquer tempo, embora não com manifestações completas como no dia de pentecostes. Tudo isso é possível, porem, não na chuva serôdia, nem na temporã e serôdia junta, porque o profeta diz que elas serão derramadas no primeiro mês, quer dizer no tempo próprio da chuva serôdia (Joel 2:23). Para uma melhor compreensão das lides agrícolas e climáticas de Israel, bem como a sua relação simbólica com o derramamento do Espírito Santo, considere na página seguinte; o calendário bíblico de Iahaweh.
 Disse o Senhor: “Darei chuva para vossa terra no tempo certo: Chuvas de outono (Temporã) e de primavera (Serôdia) etc... Deuteronômio 11:14, falando do caráter e importâncias dessas chuvas, disse o profeta: “Eu farei benção; farei descer a chuva a seu tempo, serão chuvas de bençãos.” Ezequiel 34:26, ver também; Tiago 5:7 e Zacarias 10:1. Ao Lermos Joel 2:23, percebemos que ambas as chuvas tem suas diferenças, porque serão derramadas conjuntamente ao tempo da chuva serôdia. Devemos, pois, discernir o tempo particular de cada chuva e o tempo periódico de ambas. Na chuva serôdia o Espírito Santo será derramado primeiro no dia determinado de um modo sobrenatural; depois poderá cair sabre qualquer congregação que a buscar sincera e honestamente, em qualquer ocasião, como foi o Pentecostes e depois. A respeito disto, diz-nos o Espírito de Profecia:
“As convocações da igreja, como nas reuniões campais, as assembléias da igreja local e todas as ocasiões em que há trabalho pessoal em favor das almas, são oportunidades determinadas por Deus para dar tanto a chuva temporã como a serôdia.”. (Ellen G. White., Eventos Finais. Página. 162. 10ª edição. 2003. CPB. Tatuí – SP). Mas isto com a condição de ser observado o tempo próprio revelado e que tem relação com a última obra da graça, visto que sua observância é obrigatória até o fim do julgamento e da provação dos homens. Aqui cumpre acrescentar que ninguém receberá a chuva serôdia, com todos os seus efeitos, na obra final do assinalamento do povo de Deus, sem primeiro haver recebido a chuva temporã. Ver (Ellen G. White., Eventos Finais. Página. 158 e 159. 10ª edição. 2003. CPB Tatuí – SP ). Porque o fim da chuva serôdia, é amadurecer os frutos e selar os salvos:
“... Assim como a chuva temporã foi dada, no derramamento do Espírito Santo no início do evangelho, para efetuar a germinação da preciosa semente, a chuva serôdia será dada em seu final para o amadurecimento da seara... quando se encerrar a mensagem do terceiro anjo... O povo de Deus terá cumprido a sua obra. Recebeu a chuva serôdia, o refrigério pela presença do Senhor, e acham-se preparados para hora probante que diante dele está... Cessa então Jesus de interceder no santuário celestial... Todos os casos foram decididos para a vida ou para a morte. Cristo fez expiação por seu povo, e apagou os seus pecados. O número de seus súditos completou-se.” (Ellen G. White., O Grande Conflito., páginas. 616 e 619. 26ª edição. 1981. CPB. Santo André – SP). Em outra citação, bastante esclarecedora, a senhora White diz que: “A chuva serôdia, amadurecendo a seara da terra, representa a graça espiritual que prepara a igreja para a vinda do filho do homem. Mas, a menos que a chuva temporã haja caído, não haverá vida; a ramagem verde não brotará. Se a chuva temporã não fizer o seu trabalho, a chuva serôdia não desenvolverá a semente até a perfeição. Deve haver primeiro a erva depois a espiga, por último o grão cheio na espiga... Foi Deus que começou a obra, e ele terminará a Sua obra, tornando o homem perfeito em Jesus Cristo. Mas não se deve negligenciar a graça representada pela chuva temporã. Só os que tiverem vivendo de acordo com a luz que tem recebido, poderão receber maior luz. As bênçãos recebidas sob a chuva temporã são-nos necessárias até o fim... Oremos, pois, com o coração contrito e com maior fervor, para que agora, no tempo da chuva serôdia, os chuveiros da graça sejam derramados sobre nós... Orai sem cessar, e vigiai, trabalhando de conformidade com vossas orações. Ao orardes, crede, confiai em Deus... Sede fervorosos em orações, e vigiai no espírito.”  (Ellen G. White., Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos. Páginas. 506, 507, 509 e 512. 2ª edição. 1979. CPB - Santo André – SP). Bem, um fato reconhecido desde a época dos pioneiros adventistas e pelos estudiosos de profecias, é que um ano faz um tempo completo. O ministério sacerdotal de um ciclo anual era um ministério completo, dado e exercido nele com sistema completo de estatutos, mandamentos e festas fixas que deviam declarar e servir para completar o plano da salvação até o fim, representando-o em todas as suas fazes, no decorrer do tempo típico, terminando no ajuntamento dos frutos do campo que é o povo de Deus e o ajuntamento dos ímpios e sua destruição no tempo da ceifa (Levítico 23:39; Mateus 13:37- 42 e Patriarcas e Profetas. Páginas. 579. 10ª edição. 1990. CPB. Tatuí – SP). Diante disto e como já foi demonstrado anteriormente, não podemos tomar como um só dia, todo o período desde 1844, até a vinda de Cristo ou até o fim do milênio, chamando-o o dia de expiação, ou do juízo, como

ensina a IASD, porque tal raciocínio não corresponde ao destino que tinha o dia 10 do sétimo mês, como dia designado para este fim. Portanto, quando a Bíblia afirma que o dia 10 do sétimo mês, determinado de uma tarde para outra tarde, para expiação e juízo, deve ser sempre assim, porém, quando está se realizando nele, este serviço, uma vez por ano, conforme o que a lei manda (levítico 23:26-32; 16:29-34), não é correto compreender qualquer declaração diferente. O dia 10 do sétimo mês foi escolhido por Deus como único dia propício, para realizar nele a obra de expiação e juízo. Ensinar diferente disto, é deturpar a verdade, constitui-se num ato de rebelião contra Deus, fere o ensino da verdadeira teologia, que jamais empregará os ensinos contidos nos tipos e figuras, referentes á obra de expiação, e os perverterá.
Qualquer doutrina que ensine a expiação, diferente do que temos aprendido, pela bíblia e pelo espírito de profecia, deve ser rejeitado imediatamente, por constituir-se traição à causa do Senhor Jesus (Ellen G. White. Testemunhos Seletos, Volume. 2.  Páginas. 65 e 66. 5ª edição 1985. CPB. Santo André – SP). É nesta perspectiva, que os testemunhos, nos aconselham a resistir, por meios de protestos, àqueles que sorrateiramente enganam o povo de Deus, com filosofias humanas e tornam a verdade de Iahweh em mentiras; mesmo que estes sejam: “líderes religiosos, professores, teólogos” ou qualquer outra pessoa, cujo a influência poderá manifestar aversão à verdade ou coibir aqueles que a ela se achegam.
Diz-nos a mensageira do Senhor: “Não sejais enganados; muitos se apartaram da fé; dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios. Temos diante de nós o alfa desse perigo. O Ômega será de natureza mais surpreendente... Quando homens na posição de líderes e professores trabalham sob o poder de idéias espiritualistas e sofismas, ficaremos calados por mêdo de prejudicar a influência deles, enquanto almas estão sendo enganadas?.... Que influência é essa que conduziria os homens neste estágio de nossa história a trabalhar de um modo secreto, desonesto e poderoso para romper o fundamento de nossa fé. O fundamento que foi lançado no início de nossa obra pelo estudo fervoroso da palavra e pela a revelação? Sobre este fundamento temos estado construindo os passados 50 anos. Imaginais que quando vi o começo da obra que removeria alguns dos pilares de nossa fé, eu teria algo a dizer? Devo obedecer à ordem, enfrentai-o... Energia renovadora é agora necessária. Ação vigilante é convocada. Indiferença e indolência resultarão na perda da religião pessoal e do céu... Minha mensagem para vós é: Não mais consintais a ouvir sem protestar contra a perversão da verdade. Devemos firmemente recusar sermos afastados da plataforma da verdade, que desde 1844 tem suportado o teste.” (Ellen G. White., Testemunho Especial, Série B, Nº 2. Páginas. 16,9,11,14,15,50 e 58).
Ao longo desta pesquisa doutrinária, sobre a expiação, e sua realização, no dia 10 do sétimo mês, observamos a importância
grandiosa de um dos antigos marcos, que compõem o corpo doutrinário adventista, que se baseia exclusivamente na Bíblia e no Espírito de Profecia. Negar a expiação, e o dia particular para sua pratica, é negar a condução de Deus no passado histórico da IASD. É desfazer-se de uma das principais doutrinas da Bíblia. Negar isto é descrer acirradamente de (Zacarias 3:9), e de textos similares. A própria Ellen G. White, defendia o trabalho de Cristo no santuário celestial com sangue e no dia próprio para a expiação, o dia 10 do sétimo mês. Segundo ela, em comum acordo com outros pioneiros adventistas de seu tempo, tais como: “James White, J. H. Waggoner, Urias Smith, J. N. Andrews, J. N. Loughborough, C. H. Watson, E. C. Andross, W. H. Branson, Camden Lacey, R. S. Owen,” e outros mais. Todos, firmemente defenderam a doutrina da obra expiatória de Cristo, iniciada em 1844, e depositaram suas convicções ao escrevê-las. Estes antigos desbravadores adventistas basearam a doutrina da expiação e a firmaram sob a ação direta do Espírito Santo, na figura dado a nós em Levítico, onde o sumo sacerdote levava o sangue da vítima, para dentro do santíssimo lugar, e ali, fazia expiação. Assim, argumentavam eles; Cristo deve fazer igualmente.
Que a expiação não foi completa e nem finalizada na cruz, é fácil demonstrar isto, pelos itens relacionados abaixo; os quais são artigos de O.R.L. Crosier, sobre a expiação de Cristo, no santuário celestial:

1º Item - Uma coisa era a morte da vítima, outra a expiação. A vítima, era morta no pátio, fora das dependências do tabernáculo, ao passo que a expiação, tinha lugar no interior do santuário. Assim, tanto no tipo (simbólico) como no antítipo (real), Cristo, o Cordeiro de Deus, fôra morto fora da cidade, no calvário. Era o sacrifício, mas não era a expiação, pois se a expiação fôra feita no calvário como querem alguns, por quem fôra ela feita? O trabalho de expiação é atribuição a um sacerdote; porém, quem, nessa qualidade teria oficiado no calvário? Os executores de Cristo eram soldados romanos e judeus. Não eram sacerdotes. Portanto, no calvário não houve expiação, mas apenas o sacrifício do Cordeiro de Deus.

2º item – A morte da vítima, não constituía ípso facto à expiação. O pecador matava a vítima (levítico 4:1-4, 13-15), depois do que o sacerdote tomava o sangue e fazia a expiação (levítico 4:5-12, 16-21).

3º item – Cristo fôra designado sumo sacerdote (Hebreus 4:14 e 15; 5:9 e 10; 6:19 e 20; 8:1 e 2; 9: 11 e 12), para fazer a expiação, e certamente ele só a poderia ter feito, após a sua ressurreição, e não temos notícias de que tinha, após a ressurreição, feito na terra, algo que pudesse ser denominado expiação.


4º item – a expiação fazia-se no santuário (levítico 16:17,18 e 27), mas o calvário não era tal lugar. Verdade é que ele (Cristo), é vítima e sacerdote ao mesmo tempo. Como vítima, o cordeiro de Deus, foi imolado no calvário, mas como sacerdote e nosso mediador, no santuário.

5º item – de acordo com Hebreus 8:4, Cristo não podia realmente fazer expiação, enquanto estava na terra. O sacerdócio terreno era levítico; típico ou figurativo, o sacerdócio celestial, é divino, real ou antitípico. Nada mais claro.

6º item – portanto, ele [Cristo] não iniciou a obra de expiação propriamente dita, se não somente depois de sua ascensão, quando então por seu próprio sangue, entrou por nós no santuário celestial. O sacerdote não entrava no santuário sem ter o que oferecer, Cristo ofereceu seu próprio sangue em nosso favor.
Como se pode ver, os seis parágrafos escritos por Crosier e publicado no Day-Star Extra, de 7 de fevereiro de 1846, demonstram claramente que o dia 10 do sétimo mês, está em vigor, que a expiação é realizada com sangue, e até hoje, ocorre anualmente.
 Estes fatos estão firmemente estabelecidos pela palavra de Deus, que Ellen White, através de uma declaração escrita em Topsham, Maine, datada de 21 de abril de 1847, endossou o artigo de Crosier, sobre a obra de Cristo, no santuário celestial. Ela disse:
“O Senhor mostrou-me em visão, mais de um ano atrás, que o irmão Crosier, tinha a verdadeira luz sobre a purificação do santuário, e que era da vontade de Jesus, que o irmão Crosier escrevesse a visão que Ele nos dera, no Day – Star Extra, de 7 de fevereiro de 1846. Sinto-me completamente autorizada pelo Senhor a recomendar esse Extra para cada santo. Oro para que estas linhas, possam ser uma bênção para vós, e a todos os queridos filhos que possam Lê-las. Assinado, Ellen G. White.” (Ellen G. White., Cristo Em Seu santuário. Página. 9. 6º edição. 2002. CPB.Tatuí - SP).
Nada mais claro, Cristo diante de Iahweh, ministra o seu próprio sangue, em favor dos pecadores arrependidos. De outra forma, teríamos uma expiação sem sangue, ou seja, seríamos compelidos a crer que a expiação foi feita no pátio (onde a vítima foi morta) e não no santuário, o que destrói completamente toda tipologia. Se o serviço feito no dia 10 do sétimo mês, for omitido, então o nosso ensino da expiação claramente revelado nas Sagradas Escrituras, está tristemente incompleta, e é mais certamente, uma especulação teológica, exegeticamente insustentável e de uma ordem altamente imaginativa. Se Cristo não trabalha com Seu próprio sangue, no dia da expiação, para completar os reclamos do plano da redenção, então, os adventistas, bem como a doutrina do santuário, não podem existir e o nosso ensino terá sido inútil. Vazio, e antiquado.
Mas graças a Deus que isto não e assim, porque a obra do juízo que começou em 1844, deve continuar anualmente, até que os casos de todos estejam decididos, tanto dos vivos como dos mortos; disso conclui que ela se estenderá até ao final do tempo da graça para a humanidade. Afim de que os homens possam preparar-se para estar em pé no juízo. Porém, o resultado da aceitação desta mensagem, bem como das demais existentes nos oráculos de Iahweh, é dado nestas palavras: “Aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus Apocalipse 14:12.”

Juvenil Mendes Xavier


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