O Tempo Definido da Chuva Serôdia
Claramente Demonstrada à Luz do Santuário
Diante da magnitude da vasta e gloriosa obra que deve ser rematada com a
anunciação do evangelho eterno a toda nação, e tribo, e língua, e povo,
sentimos a nossa inteira falta de idoneidade para o desempenho dessa missão,
quando olharmos para as nossas forças, nossos minguados recursos e nosso
limitado numero de cristãos. A tríplice mensagem angélica, de Apocalipse 14,
necessita para ser levada a bom termo e ao triunfo final, de um poder
sobrenatural. Todo o poder prometido, mesmo o poder do Espírito Santo com o de
toda suas hostes, se faz mister, afim de advertir eficazmente um mundo tombado no pecado da
vinda de Jesus, e reunir aqueles que guardam os mandamentos de Deus, e tem a fé
de Jesus. Essa plenitude do Espírito Santo, prometido ao povo de Deus, o Profeta
designa em linguagem figurada como a “chuva serôdia” (Oséias 6:3; Joel
2:23). Como entender isto? Qual a relação espiritual entre o povo de Deus, o
Espírito Santo, e os tempos chuvosos na palestina?
Para responder esta pergunta, é preciso levar em conta as
condições climáticas da terra de Israel durante os períodos de chuva na
Palestina. Há dois períodos anuais de chuva: A primeira chuva “temporã,”
cai no outono, durante os meses de setembro e outubro; e a última chuva, “serôdia”, cai na primavera, durante os meses de
março e abril. A primeira chuva prepara o solo para o plantio, sem ela, a
semente não germina, por isso, essa chuva era necessária para fazer brotar a
semente. A última chuva era necessária para fazer com que a plantação
amadurecesse para a colheita. Simbolicamente a chuva temporã significa o
derramamento do Espírito Santo, que aconteceu no inicio da igreja primitiva
(Atos 2:01-17). (Hellen G. White., Atos
dos Apóstolos. Páginas. 54 e 55. 10ª edição. 2006, CPB. Tatuí – SP ). Essa manifestação do
Espírito Santo veio para germinar a semente do evangelho que estava sendo
semeada. A chuva serôdia representa o derramamento do Espírito Santo, que se
manifestará nos últimos dias deste mundo, e irá preparar a terra para a
colheita, que Cristo realizará na sua segunda vinda. (Ellen G. White., Eventos Finais. Páginas. 160 e 161. 10ª edição. 2003. CPB.
Tatuí- SP ). A chuva serôdia será
um dos maiores acontecimento da historia da igreja, tem dois propósitos
principais:
(a) Fortalecer o povo de Deus para enfrentar o tempo de angustia e estar em
pé durante as sete pragas.
(b) Capacitar o povo de Deus para dar o ultimo alerta a este mundo caído
(terminar a obra da pregação).
A chuva temporã precisa ser
experimentada hoje (Ellen G. White.,
Testemunhos Para Ministros E Obreiros Evangélicos. Páginas. 506 -509. 2ª
edição. 1979. CPB. Santo André – SP ), para que estejam os em
condições de receber a chuva serôdia.
Como podemos ver, o
simbolismo é aqui empregado; sendo emprestado das lides agrícolas, ao tempo em
que a Palestina estava sob as bênçãos de Deus. Isto nos mostra que muitos escritores das
páginas sagradas, utilizam estações chuvosas, como metáfora para falar de
futuras visitações de Deus. O que nós hoje, chamamos de “avivamento espiritual”. Em
nossos dias, é comum as pessoas afirmarem com convicção, o segundo advento de
Cristo. Todavia, o que a maioria não sabe, é que antes deste maravilhoso acontecimento,
precisamos recebê-lo em espírito (Oseías 6:3). A sua vinda sobre nós, a “chuva
serôdia”, será a nossa justiça (Oseías 10:12 ú.p), aí sim, estaremos
limpos e purificados (Isaias 1:18; Ezequiel. 36:25-27; Isaias 53:10 - 12; I
João 2:1,2,12; Apocalipse. 1:5). Somente então podemos dizer: “Certamente
este é o nosso Deus; Nele confiamos, e Ele nos salvou. Este é o Senhor Nele
confiamos; na sua salvação exultemos e nos alegremos.” (Isaias 25:9).
É recebendo o Espírito Santo em toda a sua plenitude, é
que estaremos preparados para o segundo advento D’aquele a quem ansiosamente
esperamos, é que poderemos com razão sermos adventistas do sétimo dia. Por que
estaremos de fato preparados para sua vinda em nosso tempo. Aqueles que desejam
reformar-se e verem com isto a reforma na igreja devem primeiramente ser
ungidos com o Espírito Santo de Deus, “a chuva serôdia”. Mas para isto
acontecer, é preciso que o povo do Senhor; demonstre interesse e faça petições
ao Senhor da seara, para que Ele derrame aquele suprimento de graça, tão
importante para a igreja. Isto é importante para o desenvolvimento do caráter
cristão, todavia; há um tempo designado por Deus, para o derramamento da chuva
serôdia. Tempo este, que cabe aos fiéis remanescentes descobri-lo. Sobre isto
disse a Sra. White: “Ao avizinhar-se o fim da ceifa da terra, uma especial concessão de
graça especial é prometida a fim de preparar a igreja para a vinda do filho do
homem. Esse derramamento do Espírito é comparado com a queda da chuva serôdia;
e é por este poder adicional que os cristãos deve fazer as suas petições ao
Senhor da seara no tempo da chuva serôdia” (Ellen G. White., Atos Dos
Apóstolos. Página. 55. 10ª edição. 2006. Tatuí - SP).
Esta declaração é
relevante, por que mostra com grande clareza aos crentes em Cristo, que existe
mesmo um tempo definido para recebermos a unção da chuva serôdia. Isto não
poderia ser diferente, visto que os apóstolos tiveram um tempo definido para
obtenção da chuva temporã e durante esse tempo, eles procuraram preencher todos
os requisitos e condições, ficando na expectativa durante um espaço de dez dias
(Lucas 24:49; Atos 1:18), desde o dia da ascensão de Cristo até o dia de
Pentecostes.
“Em obediência à palavra
de seu mestre, os discípulos reuniram-se em Jerusalém para esperar o
cumprimento da promessa de Deus. Aí passaram dez dias, dias de profundo exame
de coração. Puseram de lado todas as divergências, e uniram-se estreitamente em
comunhão cristã. Ao fim dos dez dias cumpriu o Senhor sua promessa por meio de
um maravilhoso derramamento de seu Espírito”. (Ellen G. White.,
Testemunhos Seletos, Volume III. Página. 206. 5ª edição. 2009. CPB. Tatuí-SP).
Uma importante profecia da Sra. White, a qual nos trás
até o nosso tempo atual, mostrando-nos, posto que de um modo indefinido, qual
reza esse tempo da chuva serôdia. Em Primeiros Escritos, pagina 35, ela diz o
seguinte: “E ao início do tempo de angustia fomos cheios do Espírito Santo”.
No mesmo livro, nas páginas. 85 e 86, ela explica o que foi dito acima.
“O início do tempo de angústia ali
mencionado, não se refere ao tempo em que as pragas começarão a ser derramadas,
mas a um breve período, pouco antes, enquanto Cristo está no santuário, nesse
tempo, enquanto a obra da salvação está se encerrando, tribulações virão sobre
a terra e as nações ficam iradas, embora contidos para não impedir a obra do
terceiro anjo; nesse tempo a “chuva serôdia” ou o refrigério pela presença do
Senhor virá, para dar poder à grande voz do terceiro anjo e preparar os santos
para estarem de pé no período em que as sete últimas pragas serão derramadas.” Veja
que, a linguagem profética de Ellen White, apenas nos aproxima do tempo da
chuva serôdia. Ela não consegue se não defini-lo de um modo geral, sem precisar
o tempo exato dentro do qual essa chuva terá lugar a descer. Ela simplesmente
diz: “um
breve período” um estudo acurado e consciencioso do santuário e seu
culto, desbravará o caminho para a descoberta deste tempo importante, vede com
que palavras impressivas a senhora White insta com o povo de Deus para que
estude tão relevante assunto:
“O assunto do santuário
do juízo de investigação, deve ser claramente compreendido pelo povo de Deus.
Todos necessitam para si mesmos de conhecimento sobre a posição e obra de Seu
grande e sumo sacerdote. Aliás, ser-lhe-á impossível exercerem a fé que é
essencial neste tempo... O santuário no céu é o próprio centro da obra de
Cristo em favor dos homens... É da máxima importância que todos investiguem acuradamente
estes assuntos” (Ellen G. White., O Grande Conflito. Páginas. 491 e 492. 26ª edição. 1981.
CPB. Santo André - SP.). “O grande plano da redenção conforme
revelado na obra final para estes últimos dias deve ser cuidadosamente
estudado. As cenas relacionadas com o santuário celestial devem de tal modo
impressionar o espírito e o coração de todos, que estes sejam capazes de
impressionar também os outros. Todos precisam compreender melhor a obra da
expiação que está sendo efetuada no santuário no céu.
Quando essa importante
verdade for reconhecida e compreendida, os que a abraçaram trabalharão de
acordo com Cristo, a fim de preparar um povo que esteja em pé no grande dia de
Deus e seus esforços serão bem sucedidos” (Ellen G. White.,
Testemunhos Seletos. Volume II. Páginas. 219 e 220. 5ª edição. 1985. CPB. Santo
André - SP). Prossigamos agora o nosso exame da palavra de Deus, a fim de
descobrir a revelação do tempo exato da vinda da chuva serôdia. Quando eu digo:
“Tempo
Exato”, não estou dizendo e nem afirmando que o Espírito Santo será
derramado sobre os remanescentes, em um determinado ano estabelecido por mim.
Isto seria um absurdo, uma presunção sem limite. Mas estou dizendo que o dia e
o mês de um ano qualquer, pode ser estabelecidos com precisão para o
derramamento da chuva serôdia. Todavia, isto só é possível se tivermos em mãos
um calendário Judaico e um período de tempo concedido a nós pelo Senhor. Graças
a Deus, isto nos foi confiado. Consideremos um pouco, a passagem em Sofonias
2:1-2. Por este texto, claramente se percebe que a chuva serôdia terá lugar
antes de sair o decreto. Mas que decreto é este? Logicamente aquele que
sentenciará o povo de Deus ao terminar Cristo Sua obra de intercessão e
julgamento no santuário celestial (Apocalipse 22:11).
Isso quer dizer que
existe um dia marcado para o juízo investigativo, senão, veja Apocalipse 14:7.
Do original grego se
traduz: “Temei o Deus e dái-lhe glória porque veio a hora do julgamento
Dele...” No grego, a palavra julgamento escreve-se assim: Кρίσίς
= Кrisis. Denota primariamente: “separação”, portanto, “decisão,
julgamento, juízo”. “O processo de
investigação, o ato de distinguir e separar”, por conseguinte, “o
ato de julgar, o transcurso de julgamento sobre uma pessoa ou coisa”. Na
mesma frase, é apropriado sabermos também o significado literal do vocábulo
‘hora’. A palavra “hora” vem do grego, ώρα = Hora. É um substantivo nominativo, feminino e singular. No novo testamento,
pode significar períodos de tempos diferentes, dependendo do contexto bíblico,
os quais estes tempos, estiverem ali presente. Assim, aquela palavra grega pode
denotar: “parte do dia”. Mateus 8:13; Atos 10:3,9. “Um período mais ou menos
extenso” I João 2:18, “um ponto do tempo quando determinada ação deve começar”. Apocalipse 14:15. E por último, “um
ponto definido no tempo, fixo por natureza.” É claro que o vocábulo “hora”
de Apocalipse 14:7, não está se referindo a um período de tempo mais ou menos
longo, mais sim uma hora literal, a primeira hora do dia em que o juízo de
investigação teve o seu inicio. A expressão do referido texto, revela a
primeira hora do respectivo dia que tem, pois, aplicação ao começo do
julgamento, e não a um período de tempo indefinido. Esta conclusão, pode ser
claramente compreendida lendo o texto em Atos 17:30-31. O varão a quem Deus
destinou para julgar a casa de Israel é Cristo. Quantos dias da totalidade dos
dias do ano foram designados para este propósito?
Respondo! Um só.
Um dia apenas. Esse dia
do juízo, é sem dúvida, o dia do juízo de investigação, o qual também é aludido
por Pedro em sua primeira carta, capítulo 4, verso 17. Este texto também nos
mostra que existe um tempo marcado para o juízo divino. Para demonstrar isto,
convido o leitor para uma análise de duas palavras gregas importantes nesta
tese. Isto nos dará segurança e firmeza na exegese aqui aplicada. Está escrito:
“Porque chegou [o’] Кαίρός para começar
τό
Кρίμα
pela casa de
Deus...”
No grego, Кρίμα = Krima. É substantivo,
acusativo, neutro e singular. Denota: “A sentença pronunciada, o “veredicto”, a “condenação”,
a “decisão resultante de uma investigação”. Pode significar também, “O
processo de julgamento que conduz a uma decisão”, onde se podia esperar: Krisis. Quanto à palavra grega, Кαίρός = Kairos. É um substantivo,
nominativo, masculino e singular. Denota: “medida de vida, proporção devida”.
Quando usado acerca de ‘tempo’, tem significado permanente, ou seja: “um
período fixo ou definido”. Quando colocamos as palavras: Кρίσίς, ώρα, Кαίρός e Кρίμα, próxima uma das outras, percebemos que ambos os
vocábulos, nos levam ao juízo investigativo. O dia 10 do sétimo mês. Conforme
as escrituras, um dia literal de 24 horas, um tempo fixo e definido pela
palavra de Deus. O médico Lucas, falando deste dia literal e fixo de 24 horas,
escreveu: “Por que Ele fixou
um dia no qual julgará o mundo com justiça... Atos 17:31”. Outra passagem
idêntica, mas com maior ênfase ao juízo investigativo, encontra-se em Zacarias,
escrito da seguinte forma: “Pois eis aqui a pedra que pus diante de Josué; sobre esta pedra única
estão sete olhos. “Eis que eu esculpirei a sua escultura, diz o Senhor dos
exércitos, e tirarei a iniqüidade desta terra num só dia.” (Zacarias 3:9). É lógico entendermos que o sentido original do texto é
eliminar ou expiar os pecados dos fiéis remanescentes no dia do juízo (Salmos
32:1; 103:1-4; Isaias 40:2; 53:6,10 e 11; Hebreus 10:17; 8:12; I Coríntios
8:12), e não da própria terra em si mesma. É fora de dúvida que o texto de
Zacarias 3:9, último parte, está se referindo à obra final de Cristo como nosso
sumo sacerdote no santuário celestial, que é remoção dos pecados, por que,
julgado o caso de cada um dos fiéis, nesse dia determinado, Ele procederá à
última parte de sua obra que é remover os seus pecados, ou seja, Cristo expiará
com seu sangue os pecados de seu povo que está sobre a terra de uma só vez em
um só dia. Sabendo que existe um dia definido para o início do juízo e para o
derramamento da chuva serôdia, a pergunta é: Quando será isto? Como é chamado
este dia? Será que a resposta para esta pergunta encontra-se em Daniel 8:14?
Observe que a última parte deste texto diz: “... E o santuário será
purificado.” No hebraico, as palavras Tsãdaq e Tãher, são semelhantes; tanto que em Jó
4:17, ambos os vocábulos, são encontrados em construções paralelas. Quanto ao
significado das palavras, não existe diferença.
Assim, Tsãdaq significa: “justificar-se, ser justo, estar no direito, ser
justificado, fazer justiça”. Logo, o significado básico Tsãdaq
é: “ser
justo, purificar”. Tãher significa: “limpar, purificar”.
Em inúmeros textos,
palavras com radical “tsdq” aparecem paralelas a palavras
que claramente significam: “Puro”. Além disso, na septuaginta -
A primeira tradução grega da bíblia hebraica - a mesma palavra usada para
“purificado,” em grego, escreve-se: Кαθαρίζω = Katharizõ, que significa: “fazer limpo, limpar”, acerca de:
a) manchas e sujeiras físicas, como no caso de utensílios.
b) em sentido moral, da corrupção do pecado (Atos 15:9; II Cor. 7:1; Heb.
9:14). limpo da culpa do pecado (Efésios 5:26; I João 7:19; Atos 10:15;
11:9).Em Daniel 8:14, a palavra “Кαθαρίζω” foi usada para “purificado” na tradução de Levítico
16! Fica claro que os tradutores da septuaginta perceberam um elo entre Tãher
e Tsãdaq,
a mesma palavra grega é usada em Hebreus 9:23. A concordância bíblica de
Strong declara que um dos significados de Tsãdaq é: “purificar”. No contexto
de Daniel 8, “Será purificado” é a melhor tradução de Tsãdaq, que tem fortes
laços com Tãher em Levíticos 16. Ainda que esclarecidos a cerca dos
significados das palavras: Tsãdaq, tãher e Katharizõ, o texto de Daniel 8:14, não dar o nome da solenidade ocorrida ali; contudo, um estudo dos
capítulos 8 e 9 do livro de Daniel, combinados com Esdras 7:7-25, revela-nos
que o grande período profético, iniciou-se no 7º ano do rei Artaxerxes. Este decreto (29 de outubro de 457
a.C), foi o responsável pela reedificação de Jerusalém. Contudo, foi em 22 de
outubro de 1844 d.C, que se iniciou o grande dia do juízo investigativo, dando
inicio, a segunda e última parte do trabalho de Cristo, no santíssimo lugar do
santuário celestial. Todavia, é na lei de Moisés que nos é revelado o nome
desse dia, daí; o texto, de Malaquias 4:4, combinado com Levítico 23:26-31,
deverá ser lembrado de um modo especial, como vigorando ainda nos últimos dias,
quando o povo de Deus estivesse aguardando o grande e terrível dia do Senhor.
Considerando Levítico 16:29 e 30, vemos que o dia do julgamento é o dia da
expiação, que a cada ano acontece no dia 10 do sétimo mês. Qual será então o
nosso dever ao tempo que o nosso intercessor houver de realizar tudo isto por
nós? Olhando para o exemplo do Israel típico nessa ocasião, esse dever saltará
claramente aos olhos do observador. Eles guardavam esse dia em grande
solenidade e nós devemos fazer o mesmo. É verdade que a morte de Cristo
constitui a base do comprimento da lei toda, mas isso não significa que a lei,
como um todo, fosse abolida e que ela deixou de vigorar em virtude dessa morte,
porque Ele não veio ab-rogar mas cumprir a lei, pessoalmente e por meio de Seu
povo (Mateus 5:17e18; João 10:35), tornando a trazer estes a obediência.
Compreendemos, pois, pelas referencias de Colocensses 2:14; Efésios 2:15e16; e
outras passagens, que a parte da que se referia a Cristo como um sacrifício e
tudo o que se referia a sua morte na cruz, foi a abolido e posto de parte, por
estar demonstrado que estas coisas atingiram ali o seu cumprimento.
Não se dá o mesmo com a
parte que se refere a Ele como nosso sumo
sacerdote, juiz e seu serviço, devendo esta a vigorar até o próprio dia
em que no céu e na terra ela se cumprir, porque Jesus Cristo não cessou ainda
dessas funções, mas deverá cessar num futuro próximo, no próprio dia ao qual
diz respeito esse serviço. Ilustremos:
a)
A lei da páscoa vigorou até que Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por
nós, no próprio dia da páscoa. Neste dia a lei da páscoa cessou definitivamente
de vigorar.
b)
O dia das primícias, três dias após a páscoa, e que aludia a Cristo, e uma
parte de seus remidos, como as primícias ressuscitadas dentre os mortos, cessou
de vigorar no mesmo dia da ressurreição de Cristo.
c)
O mesmo se deu com a lei de pentecostes, no dia em que o Espírito Santo
desceu sobre os discípulos.
Quando o tipo atingiu seu
cumprimento no antítipo, as obrigações referentes ao dia respectivo cessaram no
mesmo dia. Vemos dos exemplos citados que o que diz respeito a um determinado
dia, cumpriu-se nesse mesmo dia. Em parte alguma concorre dois acontecimentos
distintos tendo sua realização num dia só, mas cada acontecimento no seu
próprio dia secundar. Esta regra divina não pode ser mudada ou abolida. Quando
na sombra, está indicado um dia de 24 horas, esse dia significa invariavelmente
um dia de 24 horas também na substância ou na realidade. Isto deve ser
percebido e entendido, porque o serviço que o sumo sacerdote fazia no santuário
terrestre, sob o velho concerto, na nova dispensação, este mesmo trabalho, foi
de fato “transferido para o
santuário celestial”. (Ellen G. White,O Desejado De Todas As Nações. Páginas. 166 e 757. 22ª
edição. 2007, CPB. Tatuí-SP)
Sendo isto uma verdade, o dia
10 do sétimo mês “a expiação,” deve ser observada solenemente pelo povo de Deus
com jejuns e orações, como outrora era solicitado por Iahweh, ao Israel típico:
“Tal era o serviço efetuado como exemplar e sombras das coisas celestiais.
E o que se fazia tipicamente no ministério do santuário terrestre é feito na
realidade no ministério do santuário celestial”. (Ellen G. White, o Grande
Conflito. Páginas. 419 e 420. 26ª edição. 1981. CPB, Santo André-SP). Observe
que no antigo Israel, no dia da expiação, o povo era convidado a apresentar-se
perante o Senhor a fim de serem limpos de seus pecados (Levíticos 16:29-31;
23:26-31). Portanto, todos os pecados confessados e somente estes, se acham no
próprio santuário. Ao chegar o dia da expiação só os pecados confessados se
passam em revista perante Deus, e só os pecados que, pelo arrependimento e a
confissão já foram perdoados e tiveram seus pecados transferidos para o
santuário, recebem a expiação, o apagar dos pecados: “Como no serviço típico havia uma
expiação ao fim do ano, semelhantemente, antes que se complete a obra de Cristo
para a redenção do homem, há também uma expiação para tirar o pecado do
santuário. Este é o serviço iniciado quando terminaram os 2300 dias... Como
antigamente eram os pecados do povo colocados, pela fé, sobre a oferta pelo
pecado, e mediante o sangue desta, transferido simbolicamente para o santuário
terrestre, assim em o novo concerto, os pecados dos que se arrependem são, pela
fé, colocados sobre Cristo e transferidos, de fato, para o santuário celeste. E
como a purificação típica do santuário terrestre se efetuava mediante a remoção
dos pecados pelos quais se poluíra, igualmente a purificação real do santuário
celeste deve efetuar-se pela remoção, ou apagamento, dos pecados que ali estão
registrado,” (Ellen G. White, O Grande Conflito. Páginas. 419, 420 e
421. 26ª edição. 1981. CPB, Santo André-SP). Foi no dia 22 de outubro de 1844 d.C,
que o Senhor Jesus, adentrando no segundo compartimento do santuário celestial,
deu início ao grande dia da expiação, que no calendário bíblico de Iahweh,
ocorre sempre no 10º dia do sétimo mês. Dia em que o sumo sacerdote, tendo
feito expiação por todo o Israel, e assim removido seus pecados do santuário,
saía e abençoava o povo. De igual maneira, devemos nós hoje, nos colocarmos
diante do Senhor, no dia da expiação e suplicarmos as suas bênçãos e apagamento de nossos pecados. Porém,
devemos ter cons- ciência, de que somente os pecados confessados e
abandonados pelo povo de Deus, serão considerados pelo Senhor, e apagados dos
livros de registros.
Quanto a isto ser uma incontestável verdade, veja a citação do professor
Clifford, editor da revista liberty (EUA),
e o
autor de “O Dia do Dragão”: “Os únicos elementos que, além da cruz, Deus
usará para fazer sua multiforme sabedoria conhecida pelos principados e
potestades nos lugares celestiais, são: ‘O juízo, que é o dia da expiação, e um
povo que obedece à Sua lei e dá frutos’.
No dia da expiação, esses dois elementos estão presentes! Se uma pessoa,
através de seus muitos frutos, glorifica a Deus, imagine! Um acampamento
inteiro. O dia da expiação era realmente o clímax – Um tipo anual daquilo que
Deus quer fazer na realidade: Um santuário no céu, purificado de todo pecado, e
um povo na terra, purificado de todo o pecado. Tudo isso diante do universo
inteiro!” (Clifford Goldstein,1844 Uma Explicação Simples Das Principais Profecias
De Daniel. Página. 107. 6ª edição. 2006. CPB, Tatuí-SP). Em seus escritos,
inspirados por Iahweh, a senhora White destaca de forma especial a realidade
antítipica da expiação, em nossos dias, expressando-se da seguinte maneira:
“No tempo indicado para o juízo final dos 2300 dias em 1844 iniciou-se a
obra de investigação e apagamentos dos pecados... Portanto, vivemos hoje no
grande dia da expiação. No cerimonial típico, enquanto o sumo sacerdote fazia
expiação por Israel, exigia-se de todos que afligissem a alma pelo
arrependimento do pecado e pela humilhação, perante o Senhor para não
acontecesse serem extirpados dentre o povo. De igual modo, todos quantos
desejem seja seus nomes conservados no livro da vida devem agora, nos poucos
dias de graça que restam afligir a alma diante de Deus, em tristeza pelo pecado
e arrependimento verdadeiro. Deve haver um exame de coração profundo e fiel...
Observe que no cerimonial típico, somente os que tinham vindo perante o Senhor
com confissão e arrependimento, e cujos pecados, por meio do sangue da oferta
para o pecado, eram transferidos para o santuário, é que tinham parte na
cerimonial do dia da expiação. Assim no grande dia da expiação final e do juízo
de investigação, os únicos casos a serem considerados são os do povo professo
de Deus. O julgamento dos ímpios constitui obra distinta e separada, e ocorrem
em ocasião posterior.” (Ellen G. White, O Grande Conflito. Páginas. 489, 493 e 484.
26ª edição. 1981. CPB, Santo Andre-SP). Quando a senhora White diz que estamos
vivendo no grande dia da expiação, ela simplesmente queria dizer que estamos no
tempo ou período antitípico ao qual se referia o dia da expiação, durante o
período de 1500 anos do ministério da primeira dispensação e nada mais.
O dia 10 do sétimo mês do ano 5605 da criação caiu no dia 22/23 de outubro
de 1844, data a partir da qual, Jesus deu início o juízo investigativo.
Todavia, não podemos ensinar que a expiação, deva continuar indefinidamente,
desde 1844 até o fim da graça. O espírito de profecia não admite tal
compreensão, e a palavra de Iahweh jamais ensinou tal coisa. É sabido entre nós
que a lei de tipo e antítipo opõe-se formalmente a essa idéia. Em profecia, não
temos um exemplo que nos ajude a compreender que um dia pode significar um
tempo indefinido em relação com a lei. O problema de não se entender que a
expiação é um dia de 24 horas literal, e, portanto em vigor, até que Cristo
conclua a expiação (Lucas 24:44; Efésios 10:10), surge de se imaginar que o dia
10 do sétimo mês, era no antigo Israel, um tipo do período da dispensação
antitípica atual, que decorre de 1844 até o fim do tempo da prova.
É fácil ver que esta aplicação no quadro profético do juízo divino, não
coaduna com a verdade, porque o sumo sacerdote só entrava uma vez por ano, no
santíssimo lugar (Levítico 16:2 e 34), num único dia, que é o dia da expiação,
um período definido de tempo de 24 horas. Como o sacerdote fazia expiação pelo
povo em um tempo definido de 24 horas, certamente o Senhor Jesus faz o mesmo,
e, continuará a fazer, até que o seu trabalho no santos dos santos esteja
finalizado.
A equação correta para compreendermos o período de tempo de 24 horas,
relacionando a atual dispensação antitípica é a seguinte: “Na dispensação antiga, ou seja
desde os dias de Arão, o dia 10 do sétimo mês ocorria anualmente. Assim, este
tempo definido de 24 horas é um tipo do dia que ocorre anualmente desde de o
último período, ou seja da dispensação atual, até o último dia de graça que
terminará também num dia de expiação.”
A explicação acima, demonstra que se o sumo sacerdote fazia expiação pelo
povo uma vez por ano, a realidade é que Cristo, também faz o mesmo. Veja que o
Senhor ordenou a Moisés que fizesse tudo conforme lhe foi dado a ver no monte (Êxodo
25:8,9 e 40). É lógico que todas as questões
relacionadas com o santuário e seus rituais, foram dados por Deus a
Moisés de forma minuciosa.
Portanto, como é evidente; o que o
sumo sacerdote fazia no santo dos santo do santuário terrestre, era figura, ou
tipo daquilo que Cristo faz em realidade (antítipo) no santíssimo lugar do
santuário celestial (Hebreus 8:1-5; 9:6-9,13 e 14). Compreendendo isto, podemos estabelecer satisfatoria
- mente, a relação entre os tipos e a realidade do serviço de Cristo para
expiar os pecados de seu povo. Consideremos os seguintes pontos:
1º Todo o ministério
sacerdotal na dispensação típica que tinha começado com Abel e mais tarde fora
entregue a tribo de Levi e restringido em Arão e sua descendência, era um tipo
ou figura de Cristo e de seu ministério como sacerdote permanente, desde que
Ele ascendeu ao céu, até a terminação do tempo da graça (Hebreus 5:6).
Leiamos os capítulos 7, 8 e 9. Dependemos especialmente do verso 9 do
capítulo 9 e dos versos 1-5 do capítulo 8 e versos 24 e 25 do capítulo 7.
2º O ministério do sumo
sacerdote no dia particular da expiação, que se repetia uma vez como o dia de
juízo também durante 1500 anos, era um tipo do ministério de Cristo nele como
nosso sumo sacerdote e juiz desde a chegada do mesmo dia no fim do período 2300
anos em 1844, conforme Daniel 8:14, até o fim da prova.
3º Este dia foi descoberto
pela lembrança efetiva da lei de Moisés (Malaquias 4:4) e voltará com o seu
ministério antítipico, porquanto, o trabalho de Cristo não está terminado no
céu nem na terra, e assim continuará lá em cima, porque o ministério sacerdotal
foi mudado para o santuário celestial, e continuará assim até que chegue o
último dia da graça; não obstante com o seu último ministério na mesma data, no
ano e na qual terminava todo o serviço religioso, quando todo o povo de Deus
fora posto figurativamente em liberdade de todo o seu pecado (Levítico 16 ;
Hebreus 8:1-5) assim deve ser na realidade. Seria mas claro ainda dizer o mesmo
de modo mais definitivo como segue, e justamente como passou na história
sagrada.
1º O ministério sacerdotal
registrado desde Abel até Arão, era um tipo do ministério de Cristo, de sua
ascensão até 1844.
2º A continuação do mesmo
ministério reorganizado desde Arão, até o ministério típico, que acabou com o
sacrifício na cruz, era um tipo de continuação do ministério de Cristo desde
aquela data até a terminação do tempo da graça.
3º É a parte jurídica, que
consistia do dia da expiação, que ocorria sempre uma vez por ano, e que não se
cumpriu no sacrifício da cruz. Era o tipo de serviço de Cristo no juízo de
investigação que deve cair sempre no mesmo dia que caiu em 1844, até terminar
com o ministério sacerdotal antitípico no fim da graça.
Se por ventura alguém perguntar: Por que o dia 10 do sétimo mês, não foi
observado pelos cristãos, no período localizado entre a ascensão de Cristo e o
ano de 1844? Respondo, por duas razões obvias.
1º Naquele período de tempo,
o dia de juízo estava com Deus em Jesus, justamente como estava no tempo típico
antes da organização do ministério sacerdotal feito por Moises. E só deveria
ser observado pelo povo de Deus em seu devido tempo e lugar conforme a
indicação da profecia.
2º Do ano 31 d.C até o ano de
1844 d.C, os remanescentes de Iahweh, estavam sem responsabilidade de observar
o dia 10 do sétimo mês, porque a profecia referente a este dia, deveria se
cumprir em 1844 d.C, e não antes (Dn.8:14). Ademais, durante o período aqui em
comento, cristo estaria a realizar o trabalho que cabia ao sacerdote durante o
ano todo. Isto foi delineado pelo próprio Cristo, e de forma alguma Ele
trabalharia de forma contraria à suas especificações (Salmo 89:34).
Quanto ao sacerdócio de Cristo, durante o período aqui comentado, veja a
citação da senhora White, esclarecendo o trabalho de Jesus no santo lugar: “O
ministério do sacerdote, durante o ano todo, no primeiro compartimento do
santuário, ‘para dentro do véu’ que formava a porta e separava o lugar santo do
pátio exterior, representa o ministério em que entrou Cristo ao ascender ao
céu. Era a obra do sacerdote no ministério diário, a fim de apresentar perante
Deus o sangue da oferta pelo pecado, bem como o incenso que ascendiam com as
orações de Israel. Assim pleiteava Cristo com seu sangue, perante o pai, em
favor dos pecadores, apresentando também com o precioso aroma de sua justiça,
as orações dos crentes arrependidos. Esta era a obra ministerial no primeiro
compartimento do santuário celestial. Para ali a fé dos discípulos acompanhou a
Cristo, quando, diante de seus olhos Ele ascendeu. Durante dezoito séculos este
ministério continuou no primeiro compartimento do santuário celestial”
(Ellen G. White, O grande Conflito pagina 420 26ª 1981 CPB Santo André-SP). Aí
está, claro como o dia, a resposta baseada apenas nas profecias contidas na
palavra de Deus e em seus testemunhos. Quanto ao texto bíblico, que diz: “Entrou
no Santo dos Santos, uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção”
Hebreus 9:12, ele simplesmente está dizendo que Cristo ao findar o seu trabalho
de sacerdote em 1844 d.C, dá inicio à segunda parte de seu ofício sacerdotal,
não mais no primeiro compartimento do santuário celestial, mas como sumo sacerdote no segundo compartimento daquele recinto sagrado.
Isto nada invalida a expiação, que ocorre atualmente todos os anos no santuário
celestial, por que o texto ao dizer: “Uma vez por todas,” faz referência
tão somente á eternidade de Cristo como o único e apto para fazer expiação pelo
seu povo. Isto demonstra um contraste entre Cristo que é eterno e divino
(Hebreus 7:21,24-28 ú.p.), que faz o trabalho no santíssimo lugar com o seu
sangue, em comparação com os sumos sacerdotes que eram humanos e mortais,
dotados de fraquezas, não podendo mesmo continuar por muito tempo, à obra de
expiação por causa da morte (Hebreus 7:23). Isto explica as divisões
sacerdotais em turnos (I Crônicas 24:1-4, 6-19). Ora, para assegurar a idéia
que o grande dia do juízo (expiação) era de 24 horas no tipo, porque o sumo
sacerdote era mortal naquele tempo e um período longo e indefinido ao presente
por que Ele é imortal agora, não dá direito para mudar a lei e nem para
destruí-la. O dia é de 24 horas, e deve permanecer assim, até que se cumpra tudo
conforme foi determinado por Deus quanto ao dia de expiação. Se durante a
expiação o sumo sacerdote falecia, outro era posto em seu lugar, dando
continuação ao trabalho efetuado no santíssimo lugar. Como se pode ver, o
estado natural do sumo sacerdote não tem que fazer diferença na natureza da lei
divina. Se por ventura alguém afirmar que a observância do dia 10 do sétimo
mês, hoje, implicaria também no ritual do bode Azazel, responderia que isto não
é necessário, por que a figura do bode Azazel, era uma parte da lei cerimonial
cujo ministério estava restringido ao sacerdócio de Arão na dispensação típica.
Somos seguidores de Cristo e ao ressuscitar, o Senhor Jesus recebeu um
sacerdócio excelente (Hebreus 5:5,6,9 e 10; 6:19 e 20; 7:19-22), pela qual
podemos ser salvos. Assim, estamos agora sob o seu sacerdócio. Cristo não
recebeu o sacerdócio em virtude da antiga lei, por que o sacerdócio do velho
concerto era levítico, típico ou figurativo. Ademais, Cristo não era sacerdote
muito menos da tribo de Levi (Hebreus 7:13 e 14; 8:4).
Na terra, Cristo não seria mesmo sacerdote segundo a ordem levítica,
contudo, ao ascender ao Pai, triunfante e vitorioso, recebeu Ele o sacerdócio
mais excelente. O sacerdócio segundo a ordem de Melquisedeque (Hebreus 4:14,15;
8:1 e 2; 9:11 e 12; 5:5,6,9 e 10; 6:19 e 20). Foi essa a transição sacerdotal,
ou seja, do sacerdócio levítico para o sacerdócio celestial, real ou
antitípico, que ocasionou o texto de Hebreus 7:12. Baseado nisto é que o
escritor de Hebreus disse que se os sacerdotes levitas tinham direito de
receber dízimos (Hebreus 7:1-6), quanto mais o teria o Filho de Deus, que tem o
sacerdócio eterno (Hebreus 8:1,2 e 6; 7:24 e 8). O ministério de Cristo como
sumo sacerdote tomou na dispensação antitípica, um outro aspecto e o juramento
que o confirmou tornou-se como uma lei nova para o seu direito a esse ofício,
mas em parte alguma vemos que Deus designasse um novo dia para o julgamento,
que não seja o dia 10 do sétimo mês, ou para advertir o povo do advento desse
dia em lugar do dia das trombetas estabelecidos por Deus. Também não
encontramos uma nova lei para congregação do povo de Deus em substituição a
festa dos tabernáculos.
Não há outra lei que se relacione com o sacerdócio de Cristo além dessas
três festas. Jesus começou sua obra antitípica a ser executada no mesmo dia do
juízo e da expiação, continuou-a porém, uma vez ao ano de acordo com o
mandamento da lei (Levítico 16:21-34; Lucas 24:44). Jesus nasceu em carne para
honrar e tornar grandiosa a lei. Obedecendo-a assim, ele fez estando na terra.
É impossível que Ele passe a transgredi-la no céu (Salmo 89:34; 119:89;
Malaquias 3:6 p.p; Tiago 1:17 ú.p; Mateus 5:17 e 18; Efésios 4:10). Como eu
disse anteriormente, os observadores da expiação nada têm a ver com o bode
emissário.
Isto se explica pelo simples fato de que aquela última parte da expiação
cabia tão somente ao sumo sacerdote (Levítico 16:6-10,20-22 e 29-34). Todavia,
com o sacrifício de Cristo na cruz do calvário, o ritual do bode Azazel, cessou
por que esta cerimônia religiosa e típica pertencia ao concerto levítico.
Cristo, foi honrado por Deus, e assim, Ele assumiu o sacerdócio superior e perpétuo
(Hebreus 5:1,5-10; 10:8-10). Na transição sacerdotal em Hebreus 7:12, o Senhor
Jesus, agora sumo sacerdote, se responsabiliza a tratar com a última parte da
expiação, e lançará sobre Samael, o anjo da rebelião, ou Satanás, todos os
pecados confessados pelo povo de Deus. Isto é justiça por que o diabo foi o originador
e o instigador do pecado. Portanto, a pena cabível para ele é a morte (João
8:44; I João 3:8 s.p; I Coríntios 15:26; Hebreus 2:14; Isaías 14:12-17;
Ezequiel 28:14,15,16 ú.p, e 18; Apocalipse 20:7-10). Esta realidade era
tipificada no ritual do santuário terrestre, porém, realizada uma vez por ano,
no dia 10 do sétimo mês. O que no antigo Israel sob o velho concerto era feito
em sombra, figura ou tipo, sob o novo concerto, Cristo faz em realidade no
santíssimo lugar do santuário celestial. Confira isto nas citações abaixo:
“Tal era o serviço efetuado como exemplar e sombras das coisas celestiais.
E o que se fazia tipicamente no ministério do santuário terrestre é feito na
realidade no ministério do santuário celestial”. (Ellen G. White, o Grande
Conflito. Páginas. 419 e 420. 26ª edição. 1981. CPB, Santo André-SP).
“Como o sumo sacerdote, ao
remover do santuário os pecados, confessava-os sobre a cabeça do bode
emissário, semelhantemente Cristo ao encerrar o seu ministério, Ele os colocará
sobre Satanás o originador e instigador do pecado, que na execução do juízo,
deverá arrastar a pena final.
O bode emissário levando os pecados de Israel era enviado “à terra
solitária” (Levítico 16:22); de igual modo Satanás levando a culpa de todos os
pecados que induziu o povo de Deus a cometer, estará durante mil anos
circunscrito à terra, que então se achará desolada, sem moradores, ele sofrerá
finalmente a pena completa do pecado nos fogos que destruirão todos os ímpios.
Assim será Satanás para sempre banido da presença de Deus e de seu povo, e
eliminado da existência na destruição final do pecado e dos pecadores...
Por ocasião da vinda de Cristo os ímpios são eliminados da face de toda a
terra. Esta se parece com um deserto assolado... Ocorre agora o acontecimento
prefigurado na última e solene cerimônia do dia da expiação. Quando se
completava o ministério no lugar santíssimo, e os pecados de Israel removidos
do santuário em virtude do sangue da oferta pelo pecado, o bode emissário era
então apresentado vivo perante o Senhor e na presença da congregação o sumo
sacerdote confessava sobre ele “todas as iniqüidades dos filhos de Israel, e
todas suas transgreções, segundo todos os seus pecados,” pondo-os sobre a cabeça
do bode” (levítico 16:21). Semelhantemente, ao completar-se a obra de expiação
no santuário celestial, na presença de Deus e dos Anjos do céu e do exércitos
dos remidos, serão então posto
sobre Satanás os pecados do povo de Deus, declarar-se-á ser ele o culpado
de todo o mal que os fez cometer. E assim como o bode emissário era enviado
para uma terra não habitada, Satanás será banido para a terra desolada que se
encontrará como um deserto despovoado e horrendo (Apocalipse 20:1-3; Jeremias
4:23-26). Aqui, deverá ser a morada de Satanás com seus anjos maus durante mil
anos. Restrito à terra, não terá acesso a outros mundos, para tentar e molestar
os que jamais caíram. É neste sentido
que ele está amarrado: Ninguém ficou de resto, sobre quem ele possa exercer
o seu poder. Está inteiramente separado da obra de engano e ruína que durante
tantos séculos foi seu único deleite.” (Ellen G. White., O Grande Conflito. Página. 421,489,663-665.
26ª edição. CPB. Santo André - SP).
Cheios do conhecimento de Deus, no que diz respeito a este assunto, e como
já é evidente, a chuva serôdia será derramada no dia 10 do sétimo mês, porque é
neste dia, que o Senhor Jesus, purificará o seu povo de todos os seus pecados, e
apagará as suas iniqüidades do livro de registro. (Levítico 16:29-31; Zacarias
3:9ú.p; Daniel 7:9 e 10; Atos 17:31; João 5:22 e 27: Atos 10:42; Romanos 2:16;
II Coríntios 5:10).
Esta verdade, também pode ser percebida pela seguinte declaração: “Apenas
ao final dos 2300 dias em 1844, teria inicio o ministério do segundo
compartimento! Ou seja, até 2300 anos; então terá inicio o sacrifício anual.
Analisando o Salmo 51:1-4, vemos que ele não fala apenas de purificação de
pecado, mas de apagar o pecado também. Quando o pecado é apagado? No juízo.
Desta forma, analisando Malaquias 3:1,3 e 5 e Apocalipse 3:18 em conexão com
Levítico 16, vemos que juízo está ligado à purificação do povo de Deus. O povo
de Deus será purificado durante o juízo!” (Clifford Goldstein. 1844, Uma
Explicação Símples Das Principais Profecias De Daniel. Páginas 71,99,107 e 108.
6ª edição, 2006. CPB. Tatuí-SP). A senhora White, também tinha conhecimento
desta verdade, tanto que ela escreveu dizendo que: “A obra do juízo investigativo e
extinção dos pecados deve efetuar-se antes do segundo advento do Senhor. Visto
que os mortos são julgados pelas coisas escritas nos livros, é impossível que
os pecados dos homens sejam cancelados antes de concluído o juízo em que seu
caso deve ser investigado. Mas o apóstolo São Pedro declara expressamente que
os pecados dos crentes serão apagados quando vierem “Os tempos do refrigério
pela presença do Senhor,” e Ele enviar a Jesus Cristo (Atos 3:19 e 20).”
(Ellen G. White, O Grande Conflito. Páginas. 488 e 489, 26ª edição. 1981. CPB. Santo André-SP).
Este testemunho de Ellen G. White é relevante, por que nos mostra com
clareza e sobriedade que o Senhor Jesus faz expiação pelo seu povo no tempo
certo, ou seja, no dia 10 do sétimo mês, sendo este dia, o tempo designado por
Deus para o derramamento da chuva serôdia. A citação acima mostra-nos que o
trabalho de Cristo no dia da expiação tem dupla atividade.
É o que diz a palavra de Deus e o
Espírito de Profecia. Confira: “No tempo determinado para o juízo- o final
dos 2300 dias, em 1844 - iniciou-se a obra de investigação e apagamento dos
pecados. Todos os que já professaram o nome de Cristo serão submetidos à aquele
perscrutador escrutínio. Todos os vivos como os mortos devem ser julgados pelas
coisas escritas nos livros, segundo as suas obras”. (Ellen G. White., O
Grande Conflito. Página. 489. 26ª edição. 1981. CPB. Santo André-SP).
O texto acima é bastante claro e compreensível. Veja que no dia da
expiação, Cristo julgará o caso dos mortos e apagará os seus pecados. Isto deve
ser assim por que aqueles que morreram em Cristo não podem comparecer
pessoalmente no tribunal divino, quando os seus registros são examinados e
decididos o seu caso. Em vista disso, Jesus aparece como seu advogado (I João
2:1). Pelos cristãos vivos, Cristo, faz intercessão com o seu sangue (Hebreus
9:11; 12, 23 e 24; Romanos 8:27 Joel 1:14; 2: 12-17; Levítico 16:30; Isaías
53:12 ), mas não apaga os seus pegados até que chegue a vez deles no juízo.
Como entender isto?
Para responder a esta pergunta, considere a citação abaixo: “Deus
mantém uma conta para cada homem. Sempre que de um coração sincero, acende uma
suplica por perdão, Ele perdoa, más por vezes os homens mudam de idéia...
Mostram, por sua vida que o seu arrependimento não é duradouro, e assim, Deus
em vez de apagar de uma vez por todas os seus pecados, de maneira absoluta,
definitiva, registra o perdão ao lado do nome das pessoas, e espera com o
apagar final dos pecados para quando eles tiverem tido tempo de pensar
maduramente no assunto, se ao fim de sua vida se acham ainda com a mesma idéia,
Ele os considera fiéis, e no dia do juízo seu registro é definitivamente limpo.
Assim acontecia com Israel outrora. Daí as palavras de Cristo: “Mas aquele que
perseverar até o fim será salvo. Mateus 24:13.” (M. L. Andreasen., O Ritual
do Santuário. Página. 151. 3ª edição.1983. CPB. Santo André-SP)
Irmãos Perceberam a importância do assunto? É por esta razão que os santos
vivos da atualidade, que estão sob a graça redentora de Deus, de acordo com o
apóstolo Paulo, devem comparecer pessoalmente no tribunal de Cristo (Hebreus
10:30; II Coríntios 5:10; Provérbios 28:13). Isto é pela fé, tão somente
(Hebreus 10:19-22, 35-39; 11:1 e 6). Se isto não fosse assim, como receberíamos
a chuva serôdia? E os nossos pecados, como seriam apagados dos livros de
registros, se não comparecêssemos no tribunal de Cristo, pedindo perdão a Ele,
e suplicando-lhe que nos aceite perante a sua majestade divina? Como se pode
ver, o trabalho de Cristo no santo dos santos é tão essencial para nossa
salvação, como o foi sua morte sobre a cruz. Queridos irmãos em Cristo, cabe a
nós compreendermos que o Senhor Jesus intercede por nós diante de Iahweh, não somente com pedido de
orações e súplicas, mas indubitavelmente com o seu sangue, literalmente sangue!
Confira isto nos textos a seguir:
“Não mais tem que ser feita a diária e anual expiação simbólica, mas o
sacrifício expiatório por meio de um mediador é necessário, por causa do
constante cometimento de pecado.” (Ellen G. White., Mensagens Escolhidas, Volume. I. Página.
344. 2ª edição. 1985. CPB. Santo André-SP).
Esta é uma verdade para o nosso tempo. É significativo que as sagradas
escrituras, apresentam o trabalho sacerdotal do Israel típico com rituais
envolvendo sangue. Isto não deve causar-nos admiração por que como a própria
palavra de Deus diz: “é o sangue que faz a expiação”
(Levítico 17:11; Hebreus 9:22). Veja que Cristo, ao morrer na cruz, seu sangue
foi derramado (João 19:34; Colossenses 1: 17-20). Ao entrar no santo lugar do
santuário celestial, o seu sangue foi empregado para reconciliar Deus com o
homem (Testemunhos Seletos, volume. I.Páginas. 482 e 483. 5ª edição.
1984.CPB. Santo André-SP).
E ao entrar no santíssimo lugar,
também do santuário celestial, Cristo, apresentou o seu sangue a Iahweh, e até
hoje, este sangue é empregado pelo Senhor Jesus, no dia da expiação, para
purificar o homem de seus pecados. Confira isto nas citações abaixo:
“Mantendo ainda a humanidade, Cristo subiu ao céu triunfante e vitorioso.
Levou o sangue da expiação para o santíssimo aspergiu-o sobre o propiciatório e
sobre os seus próprios vestidos, e abençoou o povo.” (Revista Adventista, Sinais
Dos Tempos, 15 de abril de 1905).
“Nem todos os cristãos conhecem a Cristo como sumo sacerdote que ministra
o seu sangue no santuário celestial. No entanto, sem este ministério, o plano
de salvação seria inútil. O sangue de Cristo não e apenas derramado, mas também
ministrado por nós no céu pelo nosso grande sumo sacerdote, como parte vital do
plano de Deus para nos salvar.” (Ellen G. White., Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia,
volume. 7. Página. 430). Em outro texto, a senhora White continua afirmando que
se não houver derramamento de sangue da parte de Cristo no dia do juízo, não
haverá pecado perdoado e nem purificação do santuário celestial. Veja:
“Mas poderá no céu haver alguma coisa a ser purificado? No capítulo 9:22 e
23 de Hebreus, a purificação do santuário terrestre, bem como do celestial,
encontra-se plenamente ensinada... A purificação, tanto no serviço típico como
no real, deveria executar-se com sangue: no primeiro com sangue de
animais, no último com sangue de Cristo. São. Paulo declara, como razão porque
esta purificação deve ser efetuada com sangue, que sem derramamento de sangue
não há remissão. Remissão, ou ato de lançar fora o pecado, é a obra a
efetuar-se.” (Ellen G. White., O Grande Conflito. Página. 417. 26ª edição, 1981.CPB. Santo André-SP).
Outro texto de grande importância também da autoria de Ellen White diz
que: “O
sangue de Cristo é eficaz, mas precisa ser aplicado continuamente” (Ellen
G. White., Testemunhos Seletos, volume. I. Página. 483. 5ª edição. 1984. CPB.
Santo André-SP).
]Como podemos ver, a expiação de Cristo no santíssimo lugar é tão vital
para nossa salvação que a menos que o Senhor Jesus derrame o seu sangue, todos
os nossos trabalhos religiosos bem como as nossas devoções pessoais serão inválidas,
ou seja, não podem ter aceitação de Deus. Veja:
“Os serviços religiosos, as orações, o louvor, a penitente confissão do
pecado, sobem dos crentes fiéis, qual incenso ao santuário celestial, mais
passando através dos corruptos canais da humanidade, ficam tão maculados que, a
menos que sejam purificados com sangue, jamais podem ser de valor perante
Deus... Todo o incenso [Nossas orações, Apocalipse. 5:8 ú.p; 8:3 e 4] dos
tabernáculos terrestre [Os fiéis em Cristo. Efésios 2:21 e 22; 2 Pedro 1:14; 2
coríntios], tem de umedecer-se com as
purificadoras gotas do sangue de Cristo... Então, perfumados com os méritos da propiciação
de Cristo [O Seu sangue. “O Grande Conflito, página. 421. 26ª edição. 1981. CPB]
o incenso ascende perante Deus completo
e inteiramente aceitável. Voltam então graciosas respostas.” (Ellen G. White., Mensagens
Escolhidas. volume. I. Página. 344. 2ª edição. 1985. CPB. Santo André-SP) .
Esclarecidos destes fatos, continuemos estudando as verdades que estão por
detrás do dia 10 do sétimo mês. Como sabemos, a expiação era e ainda é
celebrada de um pôr - do - sol a outro pôr -do - sol, um dia exato de 24 horas.
Um sábado solene. (Lev. 16:29-31 e 34; 23:26-32). Sabemos que no antigo Israel,
quando o povo de Deus era convidado à solene expiação, a ordem divina era que
os israelitas afligissem as suas almas com jejuns e orações, lamentando-se
pelos pecados cometidos durante o ano. Observe que as lamentações do povo e
suas aflições de espírito por causa do pecado ocorriam dentro de um período de
tempo definido, ou seja, dentro do mesmo período de tempo em que o sumo
sacerdote fazia expiação. Um tempo definido e fixo de 24 horas. Esta é uma
verdade que nós adventistas do sétimo dia precisamos viver, é nossa obrigação,
faz parte de nossa mensagem, está ela incluída na doutrina do santuário. Que o
Senhor nos dê graça e discernimento para compreendermos e aceitarmos a
verdadeira interpretação do dia 10 do sétimo mês visto ser a expiação, o dia do
juízo, dia em que os nossos nomes cedo ou mais tarde passarão em juízo perante
Cristo.
“O juízo ora se realiza no santuário celestial. Há muitos anos esta obra
está em andamento. Breve, ninguém sabe quão breve, passará ela aos casos dos
vivos. Na augusta presença de Deus nossa vida deve passar por exame... Quando
se encerrar a obra do juízo de investigação, o destino de todos terá sido
decidido, ou para a vida, ou para a morte.” (Ellen G. White., O
grande Conflito. Páginas. 493 e 494. 26ª Edição. 1981. CPB. Santo André - SP).
Compreenderam.? Agora entenderam por que devemos observar com temor e
tremor o dia da expiação?
Queridos irmãos em Cristo, este tempo definido e fixo de 24 horas, é todo
tempo que Jesus precisa para expiar os pecados de seu povo, e, receberem eles a
chuva serôdia.
Eis aí o porquê da observância do
dia 10 do sétimo mês. Certamente, isto é assim, porque o trabalho que Cristo
desempenha anualmente no santo dos santos, no dia 10 do sétimo mês, é o
antítipo do tipo que o sumo sacerdote desempenhava uma vez por ano no mesmo dia
no santuário terrestre. Isto explica por que o Senhor ordenou a Moises dizer a
Arão, que o sacerdote não entrasse a qualquer hora no santíssimo lugar; mas,
somente uma vez por ano (Levítico 16:1,2, 32-34). Em outras palavras; como o
sumo sacerdote fazia expiação uma vez por ano no segundo compartimento do
santuário terrestre, para purificar o povo de seus pecados, assim também faz o
senhor Jesus, ou seja, no dia 10 do sétimo mês de cada ano, Cristo, diante de
Deus, faz expiação pelo seu povo purificando-os e limpando-os de seus pecados.
“Tal era o serviço efetuado como exemplar e sombra das coisas celestiais.
E o que se fazia tipicamente no ministério do santuário terrestre, é feito na
realidade no ministério do santuário celestial”. (Ellen G. White., O
Grande Conflito. Páginas. 419 e 420. 26ª edição. 1981. CPB.Santo André - SP).
Bem, reconhecendo o dia 10 do sétimo mês como uma incontestável verdade
bíblica, a pergunta é: Como nós poderíamos observar o dia da expiação tão
precisamente como fazem os nossos irmãos Judeus? A resposta é simples; basta
que tenhamos em mãos uma tabela de conversão, ou seja, uma tabela que contenha
a correspondência sincronizada entre os calendários judaicos e gregorianos.
Para que os irmãos entendam bem o que aqui foi dito, bem como a relação entre
os dois calendários e suas aplicações, reproduzi aqui para nosso estudo, uma
tabela com todos os dias das expiações desde o ano 2009 ao ano 2032. Confira a
reprodução desta tabela na página seguinte.
COMO USAR A TABELA
O uso da tabela é muito simples. Todas as datas para o dia das expiações
foram calculadas por um moderno sistema de computador especializado em
astronomia, disposto no Site da Associação Religiosa Israelita Chevra Kadisha.
Iahweh estabeleceu que o dia do juízo devesse ocorrer sempre no dia 10 do
sétimo mês, de um ano qualquer, no calendário Judaico. No calendário
Gregoriano, o dia da expiação pode cair em qualquer dia da semana, nos meses de
setembro ou outubro. Assim, para sabermos quando o Senhor Jesus fará expiação
por nós em um determinado ano em nosso calendário, basta escolhermos o dia, o
mês, e o ano no calendário judaico para o dia 10 do sétimo mês. Feito isto,
segue-se normalmente o dia, o mês e o ano em nosso próprio calendário. Considere
os exemplos seguintes:
1º - Em que dia, mês e ano de nosso calendário, Cristo fará expiação pelo
Seu povo no santo dos santos, no dia 10 do sétimo mês do ano Judaico 5771?
Resposta: No calendário
cristão, a expiação ocorrerá no pôr - do - sol do dia 17 de setembro, ao pôr - do
- sol do dia 18 do mesmo mês, do ano de 2010. Portanto, um dia de 24 horas.
2º - Considerando o dia 10 do sétimo mês do ano Judaico 5772. Quando
ocorrerá a expiação, em nosso calendário? Resposta: Ao pôr - do - sol do dia 7/10/2011, ao pôr - do -
sol do dia 8/10/2011. Portanto, um dia de 24 horas.
O estudioso da palavra de Deus concordará com as verdades aqui demonstradas,
porque de fato, a doutrina discorrida nesta tese, não fere os princípios
fundamentais da sã doutrina, pelo contrário. Põe em seu devido lugar. Se
crermos diferente do que aqui foi escrito, estaremos em trevas, porque a
moderna teologia com sua irradiante filosofia discordam da observância do dia
da expiação, porque segundo os teólogos, o dia 10 do sétimo mês, além de ter
sido dado aos Israelitas sob o antigo concerto, foi cravado na cruz, dizem
eles. Eu até poderia concordar com esta premissa se existisse na Bíblia ou nos
escritos de Ellen G. White, algum texto dizendo com toda afirmativa, que o dia
10 do sétimo mês, era uma figura ou tipo do primeiro advento de Cristo, e que
este dia, devido a isto, tivesse sido abolido na cruz. Claro, tal prova não
pode ser encontrada porque não existe. No antigo Israel, existiam várias solenidades
que faziam parte da vida diária da sociedade civil e religiosa Israelita.
As principais eram: A Páscoa (14 de Abibe), A Festa dos Pães Azímos (15 e
21 de Abibe), O Pentecostes (6 de Sivã), Toque das Trombetas (1 de Tishri), O Dia
da Expiação (10 de Tishri), A Festa dos Tabernáculos (15 de Tishri), e o oitavo
dia da festa dos Tabernáculos (22 de Tishri). Aqui, encontramos a referência
bíblica dos sete sábados cerimoniais (levítico 23:4-7, 9-16, 23, 24, 26, 27,
28, 33-37, 39, 41-44).
Pelo fato da contagem desses sábados dependerem do início do ano religioso,
que por sua vez se baseavam no calendário lunar, eles podiam corresponder a
qualquer dia da semana. Quando, porém, coincidia com o sábado semanal, eram
chamados de grandes dias (João 19:31), justamente o que aconteceu na morte de
Cristo, houve ali um sábado duplo, o do sétimo dia, e o sábado do primeiro dia
dos Pães Ázimos, precisamente o dia 15 de Abibe. Cristo morreu no mesmo dia em
que a páscoa era comida (João 19:14; Lucas 23:54).
Já deu para perceber que dos sete sábados cerimoniais, apenas os três
primeiros foram cumpridos por Cristo ao morrer na cruz do calvário. Estes eram
os tipos que representavam o primeiro advento de Jesus. Com esta observação, é
fácil perceber que o dia 10 do sétimo mês, permanece em vigor, e jamais, fez
parte dos símbolos que ao seu tempo foram cravados na cruz. Se bem que a igreja
adventista do sétimo dia se oponha à anual expiação, uma publicação semestral
de sua autoria creio que por providência divina, corrobora a solenidade da
expiação nas seguintes palavras: “O dia da expiação não estava relacionado
com nenhum evento específico da historia de Israel. Antes, apontava para o
futuro ato divino de julgamento e purificação. Miquéias usa a terminologia e
ideologia do dia da expiação para descrever a futura obra de Deus em favor do
seu remanescente escatológico... As visões apocalípticas de Daniel apontam para
um tempo em que o santuário seria purificado pouco antes do estabelecimento do
reino de Deus na terra (8:13 e 14). Isto sugere que o dia da expiação [dia 10
do sétimo mês] é essencialmente típico em vez de comemorativo... Mais o fato de
ocorrer ano após ano torna-o um tipo da futura e final purificação do povo de
Deus em preparação para o reino messiânico”. (Parousia, ‘O Novo Israel’.
Revista do Seminário Adventista Latino
Americano De Teologia. Ano 6 – número.1, sede Brasil – Sul, páginas. 31 e 32.
CPB, 1º Semestre de 2007). Ótima declaração! Este depoimento dos estudiosos
adventistas só vem a confirmar mais ainda, a real observância da expiação até
porque o dia 10 do sétimo mês é um tipo do dia que ocorre anualmente na
presente dispensação. Veja que o texto acima, diz que a expiação e típica e não
comemorativa. Não é comemorativa porque dos sete sábados cerimoniais, o único
que não era uma festividade era o dia 10 do sétimo mês. Se é um tipo, então a
sua observância é requerida de nós, até que o tipo se encontre com o antítipo
na vinda de Cristo. Sem dúvida alguma, foi crendo desta maneira que a senhora
White ao escrever sobre as festas anuais, disse que a festa dos tabernáculos era
típica e comemorativa. (Patriarcas e Profetas, página. 579. 10ª edição. 1990.
CPB). Ellen G. White, tinha conhecimento desta verdade, e jamais confundiu os
sábados cerimoniais, que estavam relacionados com o primeiro advento de Jesus,
com aqueles que dizem respeito à sua obra de expiação e intercessão, no
santíssimo lugar. Na citação seguinte, o leitor perceberá que a serva do Senhor,
tinha conhecimento da simbologia profética, e seus significados, e fazia
separação entre os símbolos que se cumpriram na morte de Cristo (Páscoa, Pães Ázimos
e Pentecostes), e os demais (Toque das Trombetas, Dia da Expiação, Festa dos
Tabernáculos, e Oitavo Dia da Festa dos Tabenáculos), que devem ser observados
por nós, até que tudo seja cumprido no segundo advento de Cristo. Esta
explicação é correta e firma-se na verdade. Se não, veja o que Ellen White
escreveu sobre o cumprimento das três primeiras festas ou sábados cerimoniais,
e considere o que ela disse, quanto ao cumprimento dos demais sábados cerimoniais
ou festas de outono:
“A morte do cordeiro pascal era
sombra da morte de Cristo. I Coríntios 5:7. O molho das primícias, que por
ocasião da páscoa era movido perante o Senhor, simbolizava a ressurreição de
Cristo. Falando da ressurreição do Senhor e de todo o seu povo, diz São Paulo:
“Cristo, as primícias, depois os que são de Cristo, na sua vinda.”I Coríntios
15:23.
Semelhante ao molho que era agitado, constituído pelos primeiros grãos
amadurecidos que se colhiam antes da ceifa, Cristo é as primícias da ceifa
imortal de resgatados que, por ocasião da ressurreição futura, serão recolhidos
ao seleiro de Deus. Aqueles símbolos (As três primeiras festas de primavera) se
cumpriram, não somente quanto ao acontecimento, mais também quanto ao tempo... “De
igual maneira, os tipos que se referem ao segundo advento (As quatro últimas
santas convocações de outono), devem cumprir-se ao tempo designado no culto
simbólico.” (Ellen G. White., O Grande Conflito. Páginas. 398 e 399. 26ª edição.1981.
CPB. Santo André - SP).
Que declaração fantástica! Que mais se poderia exigir para provar que o
dia 10 do sétimo mês é uma realidade para os nossos dias, e que este mesmo dia
foi escolhido por Deus para o derramamento da chuva serôdia? Devemos ser
cautelosos em receber os ensinos da nova teologia. Em sua grande maioria, a
teologia moderna, desvirtua a palavra de Deus ensinando tradições humanas.
Quebra meticulosamente os princípios fundamentais do Evangelho Eterno, usando
as sagradas escrituras, assim como fez Satanás (Lucas 4:9-11; II Coríntios
11:14), faz parecer que a palavra do Senhor se contradiga, dizendo aquilo que realmente
não queria dizer ou que corrobora o erro e
o engano. Destas coisas, adverte-nos os oráculos de Deus, dizendo que:
“Não devemos receber as palavras dos que vêm com uma mensagem em
contradição com os pontos especiais de nossa fé. Eles reúnem uma porção de
passagens, e amontoam-na como prova em torno das teorias que afirmam. Isto tem
sido repetidamente feito durante os cinqüenta anos passados. E se bem que as
Escrituras sejam a Palavra de Deus, e deva ser respeitada, sua aplicação, uma
vez que mova uma coluna do fundamento sustentado por Deus estes cinqüenta anos
constituem grande erro... Muitos textos bíblicos serão mal aplicados de tal
modo que teorias enganadoras parecerão ser baseadas na palavra que Deus
proferiu. A preciosa verdade será trabalhada de modo que fortaleça e confirme o
erro.
“Esses falsos profetas, que pretendem ser ensinados por Deus, tomarão
belos textos que foram dados para adornar a verdade, e os usarão como manto de
justiça para cobrir teorias falsas e perigosas.” (Ellen G. White, Cristo
Em Seu Santuário, páginas. 16 e 19, 6ª edição. 2002. CPB).
Em outra passagem, a senhora White continua a nos advertir contra os
falsos pilares da teologia espúria, dizendo que: “As verdades da Bíblia de novo se
tornaram obscurecidas pelos costumes, tradições e doutrinas falsas. Os
ensinamentos errôneos da teologia corrente têm feito milhares sobre milhares de
céticos e infiéis. Há erros e incoerências que muitos denunciam como sendo
ensinos da Bíblia, mas que não passam, em realidade, de falsas interpretações
da Escritura, adotados durante os séculos das trevas papais.” (Ellen G.
White., Testemunhos Seletos, volume. 2. Página. 315. 5ª edição. CPB. Santo
André -SP). Outro testemunho de Ellen White, que merece nossa atenção, continua
dizendo que: “As opiniões de homens ilustrados, as deduções da ciência, os credos ou
decisões dos concílios eclesiásticos, tão numerosos e discordantes como são as igrejas
que representam a voz da maioria - nenhuma destas coisas, nem todas em
conjunto, deveriam considerar-se como prova em favor ou contra qualquer ponto
de fé religiosa. Antes de aceitar qualquer doutrina ou preceito, devemos pedir
em seu apoio um claro - "Assim diz o Senhor”. Satanás se esforça
constantemente por atrair a atenção para o homem, em lugar de Deus. Induz o
povo a olhar para os bispos, pastores, professores de teologia, como seus
guias, em vez de examinarem as Escrituras a fim de, por si mesmos, aprenderem
seu dever. Então, dominando o espírito desses dirigentes, pode influenciar as
multidões de acordo com sua vontade. Mas Deus terá sobre a Terra um povo que
mantenha a Bíblia, e a Bíblia só, como norma de todas as doutrinas e base de
todas as reformas.” (Ellen G. White, O Grande Conflito, página. 601.
26ª edição. 1981. CPB. Santo André – SP).
Apesar de achar-se a Bíblia, advertências contra os falsos ensinadores,
muitos há que estão prontos a confiar ao clero à guarda de sua alma. São,
porém, infalíveis, os ministros? Como poderemos confiar nossa alma a sua guia,
a menos que
saibamos pela palavra de Deus que são portadores de luz? Repito, sejamos
cautelosos, estudemos a Bíblia por nos mesmos, busquemos orientação do Espírito
Santo de Deus, permaneçamos firmes na antiga doutrina e deixemos de lado as
confusões teológicas que mais parecem discussões infindas entre eruditos que
procura exaltar-se acima de Deus. Os pioneiros do advento viram a verdade do
santuário, como básica para toda a estruturação da doutrina dos adventistas, portanto,
seria um absurdo que nós adventistas do sétimo dia, negássemos as verdades, que
estão intimamente relacionadas ao santuário e a obra de expiação.
Que o dia 10 do sétimo mês pertence a esta cadeia de verdade. Não há dúvida.
Em 1844, a mensagem do primeiro anjo e o clamor da meia noite: “aí vem o
esposo,” desencadearam o “movimento do
sétimo mês,” esse assunto motivou ainda mais os irmãos a esperarem Cristo
naquele tempo, 22 de outubro, que correspondia ao dia 10 do sétimo mês, não
somente porque a profecia das 2300 tardes e manhãs ali chegasse ao fim, mais
pelo fato de afluírem para o sétimo mês, todos os acontecimentos apontados para
o segundo advento de Cristo. Falando da importância do sétimo mês, veja como o
pioneiro adventista, o senhor Guilherme Miller (15-02-1782., a 20-12-1849), se
expressou, ao compreender a ligação entre as festas de outono e o trabalho de
Cristo no santíssimo lugar do santuário celestial.
“prezado irmão Himes: vejo no sétimo mês uma glória que eu antes não
notara. Embora o Senhor me houvesse, há ano e meio, mostrado o aspecto típico
do sétimo mês, contudo não havia eu reconhecido a força desses tipos. Agora,
bendito seja o nome do Senhor, vejo uma beleza, uma harmonia e uma concordância
nas Escrituras, pelas quais muito havia eu orado, mas que não cheguei a ver se não
hoje. Da graças ao Senhor, ó minha alma. Oxalá, sejam abençoados os irmãos
Snow, Storrs e outros, pelo papel que desempenharam em me abrir os olhos. Penso
nunca ter visto tanta fé entre nossos irmãos como a que é manifestada sétimo mês.” (Everett Dick; Fundadores da Mensagem, 2ª
edição, 1976, páginas. 39, 40 e 42. CPB. Santo André – SP). Se o dia da expiação tivesse perdido o seu
valor na dispensação atual, por ter sido dado sob o velho concerto, e sob a lei
de Moisés, certamente não precisaríamos de Malaquias 4:4. Todavia, a citação do
referido profeta, nos aconselha a examinarmos a lei de Moisés, ou seja, em verdade
a lei de Deus dada a Moisés para instrução do povo. Devemos nos lembrar de que
foi graças àquela antiga lei, que os pioneiros adventistas obtiveram o
conhecimento da existência do santuário celestial e do trabalho de Cristo nos
compartimentos do mesmo.
Foi devido ao estudo das leis de Moisés em conexão com os livros de Daniel
e Apocalipse, que os primeiros adventistas souberam que Cristo fazia expiações
anuais. Por isso, o evento na história adventista ocorrido em 22 de outubro de
1844, data em que Cristo daria início à expiação em favor de seu povo. A
verdade do dia 10 do sétimo mês permanecerá no meio do povo de Deus até que
Cristo, a realidade dos bens futuro, apareça. A antiga doutrina dos pioneiros
adventistas conservar-se-á na mente e no coração da igreja remanescente. Nenhum
ponto escriturístico da doutrina do santuário, será abolido pelo povo do
Senhor, antes, estará na mente dos fiéis em Cristo, como um marco antigo, que
não pode ser removido. É o que diz o Espírito de Profecia, confira:
“Quando o poder de Deus testifica
daquilo que é a verdade, essa verdade deve permanecer para sempre como a
verdade. Não devem ser agasalhadas quaisquer suposições posteriores contrárias
ao esclarecimento que Deus proporcionou... Foi a direção do Espírito Santo que
a apresentação do santuário foi proporcionada... Aparecerá um, e ainda outro,
com nova iluminação, que contradiz aquela
que foi dada por Deus sob a demonstração de Seu Santo Espírito... Os
porta-bandeiras que tombaram na morte, devem falar mediante a reimpressão de
seus escritos. Estou instruída de que, assim, sua voz se deve fazer ouvir. Eles
devem dar seu testemunho relativamente ao que constitui a verdade para este
tempo... Satanás, procura criar dissensões e despertar contenda e discussões, e
remover, se possível, os velhos marcos da verdade entregue ao povo de Deus. Ele
procura fazer parecer como se o Senhor Se contradissesse a Si mesmo... Deus
nunca Se contradiz. São mal aplicadas provas bíblicas, uma vez que sejam
forçadas para testificar daquilo que não é verdadeiro. Outros e mais outros se
levantarão e introduzirão pseudo esclarecimento, e farão suas afirmações. Nós,
porém, permanecemos com os velhos marcos.” (Ellen G. White, Cristo Em
Seu Santuário, páginas, 15 -17 e 19, 6ª edição. CPB. Tatuí-SP). Falando ainda
das antigas doutrinas, e das verdades que os pioneiros adventistas descobriram,
ao estudarem os relatos de Deus dados a Moisés, a senhora White, afirma em seus
escritos, que a luz que possuímos não nos faz substituir as velhas verdades,
dadas ao povo de Deus, sob a antiga aliança. Em verdade, o conhecimento a nós
irradiado diretamente do trono de Deus, nos dará maior clareza e abrirá o nosso
entendimento para compreendermos melhor o plano de Deus para a salvação dos
homens. Assim, por mais esclarecidos que somos, não devemos sob hipótese alguma,
rejeitar a luz da palavra de Deus, mesmo que esta tenha sido dada sob o antigo
concerto. Veja: “Desde que o salvador verteu o seu sangue para remoção dos pecados, e
subiu aos céus para “comparecer por nós perante a face de Deus” (Hebreus 9:24),
tem estado a fluir luz da cruz do calvário e dos lugares santos do santuário
celestial. Mas a luz mais clara que nos é concedida, não nos deve levar a
desprezar a que nos primeiros tempos foi recebido mediante os tipos que
indicavam o salvador vindouro... Cada novo raio que recebemos nos dá
compreensão mais clara do plano da redenção, que é a operação da vontade divina
na salvação do homem.” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, página.
382. 10ª edição. 1990. CPB. Tatuí-SP). É do interesse de Deus, que os
princípios contidos em sua palavra, permaneçam firme no coração dos homens. Que
todas as verdades contidas nas Sagradas Escrituras, relacionadas ao santuário
celestial, sejam estudadas e compreendidas pelo professo povo de Deus. Que as
questões que envolvem o dia expiação causem ao leitor e pesquisador dos
oráculos divino, a devida impressão, visto ser o dia 10 do sétimo mês, parte
vital no plano da redenção. Fiquemos em alertas e sejamos precavidos, pois em
nosso meio surgirão erros de toda natureza e espécie, principalmente aqueles
que negam a expiação de Cristo no santíssimo lugar. Diz-nos a pena inspirada: “No
futuro, engano de toda espécie está para surgir, e precisamos de terreno firme
para nossos pés... Nem um só alfinete deve ser removido daquilo que o Senhor
estabeleceu... Eu sei que a questão do santuário se firma em justiça e verdade,
tal como a temos mantidos por tantos anos... Ele (Satanás), remove do coração
dos crentes o dominante poder desta verdade e supre o lugar com teorias
fantásticas, inventadas para tornar nulas as verdades da expiação, e destruir
nossa confiança nas doutrinas que temos mantido como sagradas, desde que foi
dada a mensagem do Terceiro Anjo. Assim, ele nos rouba em nossa fé na própria
mensagem que nos tornou um povo separado, e deu caracterização e poder a nossa
obra.” (Ellen G. White., Cristo Em Seu Santuário. Páginas. 11 e 14. 6ª
edição. 2002. CPB. Tatuí - SP). Queridos irmãos em Cristo, eis aí diante de vós,
uma advertência estarrecedora, porém, valiosa para o pesquisador da palavra de
Deus, que busca viver as origens da mensagem adventista tal qual foi dada pelo
Senhor Jesus, aos pioneiros da IASD. Contudo, em 1889, a irmã White, escreveu
uma série de advertências com explicações árduas sobre os mistérios da bíblia,
onde em conformidade com os escritos sagrados, ela apela à nossa consciência
para estudarmos mais profundamente, as preciosas verdades dos oráculos de
Iahweh, a fim de averiguarmos explicitamente todas as gemas de verdade contidas
nas Escrituras Sagradas. Tais conselhos têm sua importância e particularidade.
Uma delas é que grande parte dos adventistas que professam a verdade presente,
não sabem o que crêem, e devido a isto, ficam a mercê de toda espécie doutrinas
falsas e espúrias, não condizentes com as verdades ensinadas pelos pioneiros
adventistas.
Não admira que tais
pessoas, desconheçam em grande medida as velhas doutrinas do adventismo, e
aceite piamente a teologia moderna, ensinadas nos centros de ensino superior da
própria igreja adventista. A doutrina da expiação, ou dia 10 do sétimo mês, é
essencialmente adventista, o que nos torna diferentes das outras denominações.
Crer diferente disso, é um passo para remoção dos velhos marcos, é entre outras
coisas obliterar o caminho para salvação de almas. Crer diferente disto, é
apostasia! Em 1956 d.C. os teólogos adventistas L. E. From, R. A. Anderson,
Walter Read, e outros mais, apoiados pelo Presidente da Conferencia Geral,
R.R.Fighur (24-05-1954 a 16-06-1966), mudaram a terminologia, e passaram a
ensinar que o dia 10 do sétimo mês, completou-se no calvário, e que Cristo, no
santuário celestial, fazia apenas aplicação dos benefícios da expiação,
completada na cruz. Isto é traição aos princípios fundamentais da Bíblia e ao
antigo ensino adventista, que sempre ensinou ser o sangue, o elemento principal
da expiação e não um “ato”, “um ato expiatório” o “ato da cruz”. No dia 10 do
sétimo mês, de cada ano, Cristo diante de Iahweh, derrama o seu sangue em
benefício dos pecadores. Sangue, Queridos irmãos, Sangue! Literalmente sangue,
é o que limpará o santuário celestial, contaminado com os nossos pecados, e é
este mesmo sangue, que nos purificará de toda iniqüidade. Qualquer explicação
ou ensinamento diferente disto constitui grande erro, e deve ser evitado,
repudiado mesmo. Foi devido ao afastamento das velhas doutrinas e a constante
apostasia denominacional (Fato consolidado em 07/08/1959 d.C, Com a divulgação
pelo conselho nacional de igrejas dos Estados Unidos, organização ecumênica, de
que a IASD é um “Membro Cooperador”), que a senhora White, já em seu tempo,
levantou a voz e protestou contra aqueles que camufladamente extinguiam pouco a
pouco, os pilares da fé adventista.
Ela disse: “Como um povo, devemos estar
firmes sobre a plataforma da verdade eterna, que resistiu a todas as provas.
Devemos ater-nos aos seguros pilares de nossa fé. Os princípios da verdade que
Deus nos revelou, são nossos únicos, fiéis alicerces. Eles é que fizeram de nós
o que somos. O correr do tempo não lhes diminuiu o valor. É constante esforço de
o inimigo remover essas verdades de seu engaste, colocando em seu lugar teorias
espúrias... O inimigo das almas tem procurado introduzir a suposição de que uma
grande reforma devia efetuar-se entre os adventistas do sétimo dia, e que essa
reforma consistiria em renunciar às doutrinas que se erguem como pilares de
nossa fé, e empenhar-se num processo de organização... Nossa religião seria
alterada. Os princípios fundamentais que têm sustido a obra nestes últimos
cinqüenta anos seriam tidos na conta de erros. Estabelecer-se-ia uma nova
organização. Escrever-se-iam livros de ordem diferente. Introduzir-se-ia um
sistema de filosofia intelectual... O sábado seria, naturalmente, menosprezado,
como também o Deus que o criou. Coisa alguma se permitiria opor-se ao novo
movimento... Quem tem autoridade para iniciar semelhante movimento? Possuímos a
Bíblia... Temos uma verdade que não admite contemporização alguma. Não devemos
repudiar tudo que não esteja em harmonia com esta verdade?... Tenho de
proclamar as mensagens de advertência que Deus me dá para divulgar, e então
deixar os resultados com o Senhor... Mensagens de toda espécie e feitio têm
feito pressão sobre os adventistas do sétimo dia, pretendendo substituir a
verdade que, ponto por ponto, tem sido buscada com oração e estudo e atestada
pelo poder milagroso do Senhor. Mas, os marcos que nos tornaram o que somos,
devem ser preservados, e sê-lo-ão, conforme Deus o mostrou mediante Sua Palavra
e o testemunho de Seu Espírito.”
(Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, volume. 1. Páginas. 201, 204, 205 e
208. 2ª edição. 1985. CPB. Santo André - SP). Tudo isto, foi escrito para
enfrentar a apostasia prevalecente já no tempo de Ellen G. White. Estamos agora,
no período Ômega da história da igreja Adventista, que se avolumará até que ela
atinja o ápice da apostasia, unindo-se completamente ao mundo, e conformando-se
com ele (Ellen G. White., O Grande Conflito, página. 614 26ª
edição. 1981. CPB. Santo André – SP). Se cremos na verdade presente, e
como um povo, fomos escolhidos por Deus para levarmos adiante a mensagem do
terceiro anjo, porque então rejeitarmos a verdadeira compreensão do dia 10 do
sétimo mês? Se no tipo, a expiação era feita anualmente com o sangue de animais,
logicamente que no antítipo, a mesma obra será feita também anualmente, porém
com o sangue de Cristo. Esta interpretação é correta, tanto que a senhora White,
disse que quando Cristo terminar a sua obra de expiação no santíssimo lugar,
não “haverá sangue expiatório para purificar os homens dos seus
pecados”. (Ellen G. White., Eventos Finais. Página. 218. 16ª edição. 2003. CPB. Tatuí
- SP).
Creio que os irmãos já perceberam que quando falo da expiação, o sangue
também é mencionado. Isto se dar porque a expiação, só pode ser feita com sangue,
porque sem derramamento de sangue não há remissão (Hebreus 9:22). O dia 10 do
sétimo mês, era em símbolo, um dia de juízo para Israel, hoje é na realidade. Como
sabemos, Cristo começou este juízo, num dia 10 do sétimo mês, e certamente Ele
irá terminar também, num dia 10 do sétimo mês! Veja que a palavra de Deus tem
se cumprido fielmente, ou seja, todas estas coisas aconteceram exatamente nos
mesmos dias em que eram comemoradas em símbolos. Assim, a chuva temporã, caiu
numa festa (A de Pentecostes). Logicamente que a chuva serôdia, não cairá
noutro dia. Senão em uma das quatro convocações de outono: “O dia 10 do sétimo
mês”, “Ao tempo designado no culto simbólico”.
“Meus irmãos que a palavra de Deus permaneça exatamente tal qual é: Que
nenhuma sabedoria humana presuma diminuir a força de uma só declaração das
Escrituras, a solene denúncia do Apocalipse (22:18 e 19) deveria advertir-nos
contra semelhante atitude... Deus não obriga ninguém a crer. Podem escolher
confiar nas evidências que Ele houve por bem dar, ou podem duvidar e perecer...
Não devemos nunca esperar que, quando o Senhor tem luz para seu povo, Satanás
se deixe ficar tranqüilo ao um lado, sem fazer esforços por impedí-los de
recebê-la, trabalhará nos espíritos para excitar desconfiança, inveja e
incredulidade, cuidamos para não recusar a luz que Deus envia, por não vir da
maneira que nos agrade... Se houver quem
não reconheça nem aceite a luz, que não feche o caminho a outros, não se venha
a dizer deste povo, altamente favorecido, o que foi dito dos Judeus quando lhes
foram pregadas as boas novas do reino: “Vós mesmos não entrastes, e impedistes
os que entravam” (Ellen G. White., Testemunhos Seletos, Volume. II. Páginas. 315 – 317. 5ª edição. 1985. CPB. Santo André – SP).
Agora que já sabemos por que observar o dia 10 do sétimo mês, bem como a
sua relação íntima e indivisível com o derramamento da chuva serôdia, e o
apagamento de nossos pecados, é indispensável listarmos aqui, as condições
prioritárias para recebermos o refrigério pela presença do Senhor em seu devido
tempo e lugar. É importante considerarmos todos os pontos deste assunto por que
a chuva serôdia virá no tempo certo, se não recebemos é porque não pedimos. E
se pedimos e não recebemos é porque o nosso caráter ainda está manchado pelo
pecado. Hoje podemos receber o Espírito Santo em boa medida, mas como chuva
temporã somente, por que é necessário até o fim da provação e porque foi
derramada no fim da provação e porque foi derramada no começo da era crista, no
seu próprio dia. Desde então, estamos na época da chuva temporã. Ela pode ser
derramada em qualquer tempo, embora não com manifestações completas como no dia
de pentecostes. Tudo isso é possível, porem, não na chuva serôdia, nem na temporã
e serôdia junta, porque o profeta diz que elas serão derramadas no primeiro
mês, quer dizer no tempo próprio da chuva serôdia (Joel 2:23). Para uma melhor
compreensão das lides agrícolas e climáticas de Israel, bem como a sua relação
simbólica com o derramamento do Espírito Santo, considere na página seguinte; o
calendário bíblico de Iahaweh.
Disse o Senhor: “Darei chuva para vossa terra no tempo
certo: Chuvas de outono (Temporã) e de primavera (Serôdia) etc... Deuteronômio
11:14, falando do caráter e importâncias dessas chuvas, disse o profeta: “Eu
farei benção; farei descer a chuva a seu tempo, serão chuvas de bençãos.” Ezequiel
34:26, ver também; Tiago 5:7 e Zacarias 10:1. Ao Lermos Joel 2:23, percebemos
que ambas as chuvas tem suas diferenças, porque serão derramadas conjuntamente
ao tempo da chuva serôdia. Devemos, pois, discernir o tempo particular de cada
chuva e o tempo periódico de ambas. Na chuva serôdia o Espírito Santo será
derramado primeiro no dia determinado de um modo sobrenatural; depois poderá
cair sabre qualquer congregação que a buscar sincera e honestamente, em
qualquer ocasião, como foi o Pentecostes e depois. A respeito disto, diz-nos o
Espírito de Profecia:
“As convocações da igreja, como nas reuniões campais, as assembléias da
igreja local e todas as ocasiões em que há trabalho pessoal em favor das almas,
são oportunidades determinadas por Deus para dar tanto a chuva temporã como a
serôdia.”. (Ellen G. White., Eventos Finais. Página. 162. 10ª edição. 2003. CPB.
Tatuí – SP). Mas isto com a condição de ser observado o tempo próprio revelado
e que tem relação com a última obra da graça, visto que sua observância é
obrigatória até o fim do julgamento e da provação dos homens. Aqui cumpre
acrescentar que ninguém receberá a chuva serôdia, com todos os seus efeitos, na
obra final do assinalamento do povo de Deus, sem primeiro haver recebido a
chuva temporã. Ver (Ellen G. White., Eventos
Finais. Página. 158 e 159. 10ª edição. 2003. CPB Tatuí – SP ). Porque o fim da chuva
serôdia, é amadurecer os frutos e selar os salvos:
“... Assim como a chuva temporã foi dada, no derramamento do Espírito
Santo no início do evangelho, para efetuar a germinação da preciosa semente, a
chuva serôdia será dada em seu final para o amadurecimento da seara... quando
se encerrar a mensagem do terceiro anjo... O povo de Deus terá cumprido a sua
obra. Recebeu a chuva serôdia, o refrigério pela presença do Senhor, e acham-se
preparados para hora probante que diante dele está... Cessa então Jesus de
interceder no santuário celestial... Todos os casos foram decididos para a vida
ou para a morte. Cristo fez expiação por seu povo, e apagou os seus pecados. O
número de seus súditos completou-se.” (Ellen G. White., O Grande Conflito., páginas. 616 e 619.
26ª edição. 1981. CPB. Santo André – SP). Em outra citação, bastante
esclarecedora, a senhora White diz que: “A chuva serôdia, amadurecendo a seara da
terra, representa a graça espiritual que prepara a igreja para a vinda do filho
do homem. Mas, a menos que a chuva temporã haja caído, não haverá vida; a
ramagem verde não brotará. Se a chuva temporã não fizer o seu trabalho, a chuva
serôdia não desenvolverá a semente até a perfeição. Deve haver primeiro a erva
depois a espiga, por último o grão cheio na espiga... Foi Deus que começou a
obra, e ele terminará a Sua obra, tornando o homem perfeito em Jesus Cristo. Mas
não se deve negligenciar a graça representada pela chuva temporã. Só os que
tiverem vivendo de acordo com a luz que tem recebido, poderão receber maior
luz. As bênçãos recebidas sob a chuva temporã são-nos necessárias até o fim...
Oremos, pois, com o coração contrito e com maior fervor, para que agora, no
tempo da chuva serôdia, os chuveiros da graça sejam derramados sobre nós...
Orai sem cessar, e vigiai, trabalhando de conformidade com vossas orações. Ao
orardes, crede, confiai em Deus... Sede fervorosos em orações, e vigiai no espírito.”
(Ellen G. White., Testemunhos para
Ministros e Obreiros Evangélicos. Páginas. 506, 507, 509 e 512. 2ª edição. 1979.
CPB - Santo André – SP). Bem, um fato reconhecido desde a época dos pioneiros
adventistas e pelos estudiosos de profecias, é que um ano faz um tempo completo.
O ministério sacerdotal de um ciclo anual era um ministério completo, dado e
exercido nele com sistema completo de estatutos, mandamentos e festas fixas que
deviam declarar e servir para completar o plano da salvação até o fim,
representando-o em todas as suas fazes, no decorrer do tempo típico, terminando
no ajuntamento dos frutos do campo que é o povo de Deus e o ajuntamento dos
ímpios e sua destruição no tempo da ceifa (Levítico 23:39; Mateus 13:37- 42 e Patriarcas e Profetas. Páginas. 579. 10ª
edição. 1990. CPB. Tatuí – SP). Diante disto e como já foi demonstrado
anteriormente, não podemos tomar como um só dia, todo o período desde 1844, até
a vinda de Cristo ou até o fim do milênio, chamando-o o dia de expiação, ou do
juízo, como
ensina a IASD, porque tal raciocínio não corresponde ao destino que tinha
o dia 10 do sétimo mês, como dia designado para este fim. Portanto, quando a
Bíblia afirma que o dia 10 do sétimo mês, determinado de uma tarde para outra
tarde, para expiação e juízo, deve ser sempre assim, porém, quando está se
realizando nele, este serviço, uma vez por ano, conforme o que a lei manda
(levítico 23:26-32; 16:29-34), não é correto compreender qualquer declaração
diferente. O dia 10 do sétimo mês foi escolhido por Deus como único dia propício,
para realizar nele a obra de expiação e juízo. Ensinar diferente disto, é
deturpar a verdade, constitui-se num ato de rebelião contra Deus, fere o ensino
da verdadeira teologia, que jamais empregará os ensinos contidos nos tipos e
figuras, referentes á obra de expiação, e os perverterá.
Qualquer doutrina que ensine a expiação, diferente do que temos aprendido,
pela bíblia e pelo espírito de profecia, deve ser rejeitado imediatamente, por
constituir-se traição à causa do Senhor Jesus (Ellen G. White.
Testemunhos Seletos, Volume. 2. Páginas.
65 e 66. 5ª edição 1985. CPB. Santo André – SP). É nesta perspectiva,
que os testemunhos, nos aconselham a resistir, por meios de protestos, àqueles
que sorrateiramente enganam o povo de Deus, com filosofias humanas e tornam a
verdade de Iahweh em mentiras; mesmo que estes sejam: “líderes religiosos, professores, teólogos” ou qualquer outra pessoa,
cujo a influência poderá manifestar aversão à verdade ou coibir aqueles que a
ela se achegam.
Diz-nos a mensageira do Senhor: “Não sejais enganados; muitos se apartaram
da fé; dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios. Temos
diante de nós o alfa desse perigo. O Ômega será de natureza mais
surpreendente... Quando homens na posição de líderes e professores trabalham
sob o poder de idéias espiritualistas e sofismas, ficaremos calados por mêdo de
prejudicar a influência deles, enquanto almas estão sendo enganadas?.... Que
influência é essa que conduziria os homens neste estágio de nossa história a
trabalhar de um modo secreto, desonesto e poderoso para romper o fundamento de
nossa fé. O fundamento que foi lançado no início de nossa obra pelo estudo
fervoroso da palavra e pela a revelação? Sobre este fundamento temos estado
construindo os passados 50 anos. Imaginais que quando vi o começo da obra que
removeria alguns dos pilares de nossa fé, eu teria algo a dizer? Devo obedecer
à ordem, enfrentai-o... Energia renovadora é agora necessária. Ação vigilante é
convocada. Indiferença e indolência resultarão na perda da religião pessoal e
do céu... Minha mensagem para vós é: Não mais consintais a ouvir sem protestar
contra a perversão da verdade. Devemos firmemente recusar sermos afastados da
plataforma da verdade, que desde 1844 tem suportado o teste.” (Ellen G. White., Testemunho
Especial, Série B, Nº 2. Páginas. 16,9,11,14,15,50 e 58).
Ao longo desta pesquisa doutrinária, sobre a expiação, e sua realização,
no dia 10 do sétimo mês, observamos a importância
grandiosa de um dos antigos marcos, que compõem o corpo doutrinário
adventista, que se baseia exclusivamente na Bíblia e no Espírito de Profecia.
Negar a expiação, e o dia particular para sua pratica, é negar a condução de
Deus no passado histórico da IASD. É desfazer-se de uma das principais
doutrinas da Bíblia. Negar isto é descrer acirradamente de (Zacarias 3:9), e de
textos similares. A própria Ellen G. White, defendia o trabalho de Cristo no
santuário celestial com sangue e no dia próprio para a expiação, o dia 10 do
sétimo mês. Segundo ela, em comum acordo com outros pioneiros adventistas de
seu tempo, tais como: “James White, J. H. Waggoner, Urias Smith, J. N. Andrews,
J. N. Loughborough, C. H. Watson, E. C. Andross, W. H. Branson, Camden Lacey,
R. S. Owen,” e outros mais. Todos, firmemente defenderam a doutrina da obra
expiatória de Cristo, iniciada em 1844, e depositaram suas convicções ao
escrevê-las. Estes antigos desbravadores adventistas basearam a doutrina da
expiação e a firmaram sob a ação direta do Espírito Santo, na figura dado a nós
em Levítico, onde o sumo sacerdote levava o sangue da vítima, para dentro do
santíssimo lugar, e ali, fazia expiação. Assim, argumentavam eles; Cristo deve fazer igualmente.
Que a expiação não foi completa e nem finalizada na cruz, é fácil demonstrar
isto, pelos itens relacionados abaixo; os quais são artigos de O.R.L. Crosier,
sobre a expiação de Cristo, no santuário celestial:
1º Item - Uma coisa era a morte
da vítima, outra a expiação. A vítima, era morta no pátio, fora das
dependências do tabernáculo, ao passo que a expiação, tinha lugar no interior
do santuário. Assim, tanto no tipo (simbólico) como no antítipo (real), Cristo,
o Cordeiro de Deus, fôra morto fora da cidade, no calvário. Era o sacrifício,
mas não era a expiação, pois se a expiação fôra feita no calvário como querem
alguns, por quem fôra ela feita? O trabalho de expiação é atribuição a um
sacerdote; porém, quem, nessa qualidade teria oficiado no calvário? Os
executores de Cristo eram soldados romanos e judeus. Não eram sacerdotes.
Portanto, no calvário não houve expiação, mas apenas o sacrifício do Cordeiro
de Deus.
2º item – A morte da vítima, não
constituía ípso facto à expiação. O pecador matava a vítima (levítico 4:1-4,
13-15), depois do que o sacerdote tomava o sangue e fazia a expiação (levítico
4:5-12, 16-21).
3º item – Cristo fôra designado
sumo sacerdote (Hebreus 4:14 e 15; 5:9 e 10; 6:19 e 20; 8:1 e 2; 9: 11 e 12),
para fazer a expiação, e certamente ele só a poderia ter feito, após a sua
ressurreição, e não temos notícias de que tinha, após a ressurreição, feito na
terra, algo que pudesse ser denominado expiação.
4º item – a expiação fazia-se no
santuário (levítico 16:17,18 e 27), mas o calvário não era tal lugar. Verdade é
que ele (Cristo), é vítima e sacerdote ao mesmo tempo. Como vítima, o cordeiro
de Deus, foi imolado no calvário, mas como sacerdote e nosso mediador, no
santuário.
5º item – de acordo com Hebreus
8:4, Cristo não podia realmente fazer expiação, enquanto estava na terra. O
sacerdócio terreno era levítico; típico ou figurativo, o sacerdócio celestial,
é divino, real ou antitípico. Nada mais claro.
6º item – portanto, ele [Cristo]
não iniciou a obra de expiação propriamente dita, se não somente depois de sua
ascensão, quando então por seu próprio sangue, entrou por nós no santuário
celestial. O sacerdote não entrava no santuário sem ter o que oferecer, Cristo
ofereceu seu próprio sangue em nosso favor.
Como se pode ver, os seis parágrafos escritos por Crosier e publicado no
Day-Star Extra, de 7 de fevereiro de 1846, demonstram claramente que o dia 10
do sétimo mês, está em vigor, que a expiação é realizada com sangue, e até
hoje, ocorre anualmente.
Estes fatos estão firmemente
estabelecidos pela palavra de Deus, que Ellen White, através de uma declaração
escrita em Topsham, Maine, datada de 21 de abril de 1847, endossou o artigo de Crosier,
sobre a obra de Cristo, no santuário celestial. Ela disse:
“O Senhor mostrou-me em visão, mais de um ano atrás, que o irmão Crosier,
tinha a verdadeira luz sobre a purificação do santuário, e que era da vontade
de Jesus, que o irmão Crosier escrevesse a visão que Ele nos dera, no Day –
Star Extra, de 7 de fevereiro de 1846. Sinto-me completamente autorizada pelo
Senhor a recomendar esse Extra para cada santo. Oro para que estas linhas,
possam ser uma bênção para vós, e a todos os queridos filhos que possam Lê-las.
Assinado, Ellen G. White.” (Ellen G. White., Cristo Em Seu santuário. Página. 9. 6º
edição. 2002. CPB.Tatuí - SP).
Nada mais claro, Cristo diante de Iahweh, ministra o seu próprio sangue,
em favor dos pecadores arrependidos. De outra forma, teríamos uma expiação sem
sangue, ou seja, seríamos compelidos a crer que a expiação foi feita no pátio
(onde a vítima foi morta) e não no santuário, o que destrói completamente toda
tipologia. Se o serviço feito no dia 10 do sétimo mês, for omitido, então o
nosso ensino da expiação claramente revelado nas Sagradas Escrituras, está
tristemente incompleta, e é mais certamente, uma especulação teológica, exegeticamente
insustentável e de uma ordem altamente imaginativa. Se Cristo não trabalha com
Seu próprio sangue, no dia da expiação, para completar os reclamos do plano da
redenção, então, os adventistas, bem como a doutrina do santuário, não podem
existir e o nosso ensino terá sido inútil. Vazio, e antiquado.
Mas graças a Deus que isto não e assim, porque a obra do juízo que começou
em 1844, deve continuar anualmente, até que os casos de todos estejam
decididos, tanto dos vivos como dos mortos; disso conclui que ela se estenderá
até ao final do tempo da graça para a humanidade. Afim de que os homens possam
preparar-se para estar em pé no juízo. Porém, o resultado da aceitação desta
mensagem, bem como das demais existentes nos oráculos de Iahweh, é dado nestas
palavras: “Aqui estão os que guardam os
mandamentos de Deus e a fé de Jesus Apocalipse 14:12.”
Juvenil Mendes Xavier